Dia 15
de julho | Quarta-feira | 15ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (11,25-27)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e tome
a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Tua Palavra é luz do meu caminho; luz do meu caminho, meu Deus, tua Palavra
é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 11,25-27
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Para aqueles/as que aderem a Jesus e que são por ele
formados/as e enviados/as, a conversão de mente, de coração e de ação é uma
tarefa que nunca termina de começar
· Depois da dura advertência dirigida às pessoas, grupos
e cidades que rejeitavam a Boa Notícia do Evangelho, Jesus irrompe em oração e
agradece ao Pai pela acolhida do Evangelho pelos pequenos e humildes
· E Jesus não vê isso como um fracasso, mas como vontade
e caminho do Pai
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Sublinhe ou se detenha na palavra ou frase de Jesus
que lhe parece mais bela e significativa nesse momento
· Em quais circunstâncias você se percebe agindo como
sábio/a e entendido/a, que tem tudo a ensinar e nada a aprender?
· O que fazer para deixar-se surpreender a cada dia
pelas delicadezas de um Deus que tem prazer em ser acolhido pelas pessoas
humildes e afirmar a dignidade das vítimas?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Embarque na oração de Jesus, e reze com ele, a partir
dos sinais das maravilhas de Deus em você e ao seu redor
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como evitar a eterna tentação de identificar Deus com
o poder e o saber e fechar-se às suas surpresas?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão
do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Eu creio na semente plantada na terra, na vida da gente; eu creio no
amor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GcYEy0DdYcc)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Dai-me, Senhor, a graça de aproveitar da
vossa lição. Fazei que me considere sempre servidor/a de todos/as. Servidor das
almas e dos corpos, para fazer a cada um o maior bem possível. Servidor que
serve sempre que a ocasião se apresenta. Servidor/a que toma o último lugar.
Servidor/a que não se faz servir pelos outros. Servidor/a que em qualquer
situação procura servir os outros, como vós me ensinastes. Vós que, sendo Deus
e Senhor, quisestes viver entre nós como aquele que serve. Amém!” (São Charles
de Foucauld)
SUBSÍDIO
Ontem, na final da breve reflexão sobre as
advertências sérias de Jesus, eu afirmava que o verdadeiro discípulo/a
missionário/a, em contínua formação, não pode perder a chance de se converter,
a cada dia. Conversão é tarefa que se renova a cada dia! No breve texto de
hoje, Jesus muda radicalmente de tom e se dirige carinhosamente aos discípulos
e discípulas.
Na sua lucidez, Jesus não ignora a divisão e a
rejeição que seu Evangelho provoca. Mas, a partir da sua intimidade com o Pai,
percebe que há gente generosa que o acolhe, adere a ele, muda o rumo da vida. E
sabe que essa é a vontade do Pai: que o reino de Deus, que pertence aos pequenos,
humildes e pobres, seja por eles levado adiante. Nisso, os sábios e poderosos
contam pouco.
Os sábios e entendidos que se fecham à Boa Notícia
do Reino de Deus são as elites políticas e religiosas, que se sentem
superiores, sabidos e seguros, e não conseguem admitir nada além dos próprios
interesses de classe. Mas, entre eles, há também outros menos elitizados, que
se deixam influenciar por essa mentalidade, e se fecham à novidade libertadora
de Deus: algumas cidades, gente do povo e até parentes de Jesus.
Os pequeninos são as pessoas humildes, sem
segurança, receptivos ao Evangelho e à pessoa de Jesus, aqueles que o seguem
como discípulos/as, dispostos e aprender sempre. São as pessoais mais
vulneráveis, às vezes iludidos pelos doutores, a até vistas como tolas. São as
pessoas que entram para a comunidade dos discípulos/as, convictos de que mestre
não é quem sabe tudo, mas quem aprende sempre.
Mas, atenção! Não é pelo fato de sermos contados
entre os batizados/as que somos automaticamente discípulos e estamos livres da
arrogância de quem pensa saber tudo...
(Itacir Brassiani)
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