quinta-feira, 23 de julho de 2020

Leitura Orante do Evangelho (24.07.2020)


Dia 24 de julho | Sexta-feira | 16ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (13,18-23)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.

(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o mantra: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 13,18-23
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Com o recurso das parábolas, deseja quebrar a resistência e a oposição das elites à novidade inaugurada pelo Reino de Deus
·      Na interpretação da parábola proposta por Mateus, Jesus enfatiza a questão da atitude de quem escuta seu anúncio do Reino de Deus, para a qualidade do terreno
·      Mesmo que muitos desistam ou resistam à proposta de Jesus, há quem a acolha, compreenda, aprofunde e frutifique
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Você percebe que, às vezes, diante do Evangelho, se comporta como terreno duro de beira de estrada, terreno superficial e terra dominada por espinheiros?
·      Como estamos demonstrando que acolhemos com alegria, compreendemos e perseveramos no projeto do Reino de Deus ao qual Jesus nos chama?
·      Quais são concretamente os frutos do Evangelho em nossa vida, especialmente nestes tempos de pandemia?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Mas também não deixe de ter presente as mais de 80 mil famílias enlutadas pela perda de membros para o Covid-19, em parte, fruto da indiferença criminosa do governo federal
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      Que iniciativas poderíamos tomar, em família e em comunidade, para que a semente do Evangelho não seja limitada ou esterilizada em sua força transformadora?
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Ele me amou e se entregou por mim! Ele me amou e se entregou por mim! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=orWcwWHWWEY)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

SE NÃO HOUVER FRUTOS,
VALEU A BELEZA DAS FLORES.
SE NÃO HOUVER FOLHAS,
VALEU A SOMBRA DAS FOLHAS.
SENÃO HOUVER FOLHAS,
VALEU A INTENÇÃO DA SEMENTE. (Henfil)

SUBSÍDIO
Jesus apresentou à multidão a parábola do semeador, ao que parece, originalmente focalizada na figura de quem semeia. Era uma ilustração da sua própria missão. Como vimos, a compreensão das parábolas engaja os ouvintes, provoca uma tomada de posição. E, posteriormente, sua interpretação depende tanto do contexto literário original como do contexto existencial do leitor.
Hoje, o evangelista nos apresenta uma das possíveis interpretações da parábola do semeador. Está no contexto da rejeição do Evangelho do Reino experimentada pela Igreja nascente. Por isso, o foco se desloca do semeador para o destino das sementes, para a qualidade do terreno que recebe a semeadura, vale dizer, para a atitude dos ouvintes do Evangelho do Reino.
Um primeiro grupo de ouvintes ouve o anúncio do Reino sem se envolver e entender, e a novidade desaparece sem sequer ter germinado. Um segundo grupo de interlocutores recebe o Reino com alegria, intuiu seu valor, mas não o aprofunda, não reflete, fica na superficialidade, e, diante da perseguição, tropeça, definha e abandona o seguimento de Jesus. Há um terceiro grupo que acolhe e compreende o Reino de Deus, mas é a ambição e não Deus que comanda suas decisões, de modo que o mistério do reino de Deus acaba asfixiado.
Na explicação do dinamismo do Reino expresso na parábola, Jesus é muito realista, e constata que ¾ (ou 75%) dos seus interlocutores não compreendem adequadamente e não aderem à novidade do reino de Deus. Mas Jesus se alegra com a adesão dos 25%, de uma quarta parte, que é composta pelos pequenos e humildes que compreendem, assimilam e se comprometem, e se fazem seus discípulos/as. Eles dão uma resposta generosa de 100, 60 e 30 por 1! Por causa deles, a semeadura do Reino não fracassará!
(Itacir Brassiani msf)

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