Dia 24
de julho | Sexta-feira | 16ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (13,18-23)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 13,18-23
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Com o recurso das parábolas, deseja quebrar a
resistência e a oposição das elites à novidade inaugurada pelo Reino de Deus
· Na interpretação da parábola proposta por Mateus,
Jesus enfatiza a questão da atitude de quem escuta seu anúncio do Reino de
Deus, para a qualidade do terreno
· Mesmo que muitos desistam ou resistam à proposta de
Jesus, há quem a acolha, compreenda, aprofunde e frutifique
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Você percebe que, às vezes, diante do Evangelho, se
comporta como terreno duro de beira de estrada, terreno superficial e terra
dominada por espinheiros?
· Como estamos demonstrando que acolhemos com alegria,
compreendemos e perseveramos no projeto do Reino de Deus ao qual Jesus nos
chama?
· Quais são concretamente os frutos do Evangelho em
nossa vida, especialmente nestes tempos de pandemia?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Mas também não deixe de ter presente as mais de 80 mil
famílias enlutadas pela perda de membros para o Covid-19, em parte, fruto da
indiferença criminosa do governo federal
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Que iniciativas poderíamos tomar, em família e em
comunidade, para que a semente do Evangelho não seja limitada ou esterilizada
em sua força transformadora?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Ele me amou e se entregou por mim! Ele me amou e se entregou por mim! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=orWcwWHWWEY)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SE NÃO HOUVER FRUTOS,
VALEU A BELEZA DAS FLORES.
SE NÃO HOUVER FOLHAS,
SE NÃO HOUVER FOLHAS,
VALEU A SOMBRA DAS FOLHAS.
SENÃO HOUVER FOLHAS,
SENÃO HOUVER FOLHAS,
VALEU A INTENÇÃO DA SEMENTE. (Henfil)
SUBSÍDIO
Jesus apresentou à multidão a parábola do semeador,
ao que parece, originalmente focalizada na figura de quem semeia. Era uma
ilustração da sua própria missão. Como vimos, a compreensão das parábolas
engaja os ouvintes, provoca uma tomada de posição. E, posteriormente, sua
interpretação depende tanto do contexto literário original como do contexto
existencial do leitor.
Hoje, o evangelista nos apresenta uma das possíveis
interpretações da parábola do semeador. Está no contexto da rejeição do
Evangelho do Reino experimentada pela Igreja nascente. Por isso, o foco se
desloca do semeador para o destino das sementes, para a qualidade do terreno
que recebe a semeadura, vale dizer, para a atitude dos ouvintes do Evangelho do
Reino.
Um primeiro grupo de ouvintes ouve o anúncio do
Reino sem se envolver e entender, e a novidade desaparece sem sequer ter
germinado. Um segundo grupo de interlocutores recebe o Reino com alegria,
intuiu seu valor, mas não o aprofunda, não reflete, fica na superficialidade,
e, diante da perseguição, tropeça, definha e abandona o seguimento de Jesus. Há
um terceiro grupo que acolhe e compreende o Reino de Deus, mas é a ambição e
não Deus que comanda suas decisões, de modo que o mistério do reino de Deus acaba
asfixiado.
Na explicação do dinamismo do Reino expresso na
parábola, Jesus é muito realista, e constata que ¾ (ou 75%) dos seus
interlocutores não compreendem adequadamente e não aderem à novidade do reino
de Deus. Mas Jesus se alegra com a adesão dos 25%, de uma quarta parte, que é
composta pelos pequenos e humildes que compreendem, assimilam e se comprometem,
e se fazem seus discípulos/as. Eles dão uma resposta generosa de 100, 60 e 30
por 1! Por causa deles, a semeadura do Reino não fracassará!
(Itacir
Brassiani msf)
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