domingo, 17 de janeiro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 271

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 271   

Dia 18/01/2021 | Segunda-feira | 2ª Semana do Tempo Comum

Evangelho segundo Marcos (2,18-22)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo a canção “A Palavra de Deus ouvida é verdade que nos liberta...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jg_geU66pxE)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Marcos 2,18-22

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Depois do debate sobre as relações de acolhida e respeito entre discípulos e pecadores, Jesus é provocado sobre o jejum

·      Os fariseus e os discípulos de João haviam radicalizado o jejum: a lei pedia uma vez por ano, mas eles o faziam duas vezes por semana

·      Para Jesus, a novidade radical do Reino de Deus – a fraternidade sem fronteiras e a compaixão de Deus – não cabiam no jejum

·      Reduzir a novidade cristã a velhas práticas legais seria como pôr um remendo de pano bom numa roupa completamente esgarçada

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Contemple a cena: os personagens; o questionamento sobre seus discípulos e a resposta de Jesus; as duas comparações que ele usa

·      De onde vem a insistência de nossas Igrejas com as penitências e jejuns e a dificuldade de viver a alegria do Reino de Deus?

·      O que precisamos fazer, nós e nossas comunidades eclesiais, para não remendar velhas práticas e ideologias com o Evangelho?

·      Como poderíamos expressar e celebrar a alegria pela aliança de Deus com a humanidade, que produz vida abundante para todos?

·      Se puder, leia as notas sobre o texto (na página seguinte)

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·    Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite a canção “Mestre, onde moras?” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=oIS0O3pfjYs)

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas ideias sobre Marcos 2,18-22

A passagem que meditamos no último sábado apresentava o questionamento dos fariseus ao fato de Jesus e seus discípulos se sentarem à mesa lado a lado com pecadores de diversos tipos. O texto de hoje continua com o tema da refeição, mas o questionamento de alguns observadores críticos é sobre o jejum.

Eles observam os discípulos de Jesus e perguntam por que eles não jejuam, enquanto os fariseus e os discípulos de João praticam esta regra de piedade. Na verdade, a lei de Moisés obrigava o fiel a jejuar apenas uma vez por ano (na festa da expiação), mas o grupo dos fariseus praticava o jejum, voluntariamente duas vezes por semana.

Nesta discussão, o que está em questão é o caminho prático que nos leva à santidade, ou à pureza: a penitência expressa no jejum ou o Reino de Deus, que se mostra na alegria da fraternidade? Como no episódio de sábado (cf. Mc 2,13-17), o questionamento se dirige ao comportamento dos discípulos, mas a intenção é atingir o mestre.

Para Jesus, o problema não parece ser o jejum em si mesmo, mas o lugar que lhe dão os fariseus na prática da fé e o tempo especial que eles vivem com a chegada do Reino de Deus. Ninguém jejua numa festa de casamento, mas come e bebe, participando da alegria dos noivos! E este é o momento que vivem os discípulos: Jesus é o noivo que, em nome de Deus, assina a aliança de compromisso com a humanidade.

Para Jesus, o jejum exagerado que os fariseus praticavam e ensinavam não passava de um belo remendo de pano novo numa roupa velha. E o seguimento de Jesus na perspectiva solidária do Reino de Deus não cabia no velho barril daquela piedade social sofisticada. Repetir essas práticas seria como que colocar em risco a liberdade do Reino de Deus.

Jesus não veio pedir para que multipliquemos promessas e ave-marias, nem para implorar ofertas e jaculatórias, menos ainda para pedir velas queimando, mas a nossa participação na solidária e inclusive caravana da vida nova.

(Itacir Brassiani msf)

 

Um pensamento do Papa Francisco

A ajuda mútua entre países acaba por beneficiar a todos. Um país que progride com base no seu substrato cultural original é um tesouro para toda a humanidade. Precisamos fazer crescer a consciência de que, ou nos salvamos todos ou não se salva ninguém. A pobreza, a degradação, os sofrimentos dum lugar são um terreno fértil de problemas que afetarão todo o planeta. Deveria afligir-nos saber que em qualquer lugar existem pessoas e povos que não desenvolvem o seu potencial e a sua beleza por causa da pobreza ou outros limites estruturais. Isto acaba por nos empobrecer a todos”. (Francisco, Fratelli Tutti, 137)

 

Sobre a Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Os grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: