Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 271
Dia 18/01/2021 | Segunda-feira | 2ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Marcos (2,18-22)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo a canção “A Palavra de Deus ouvida é verdade que nos liberta...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jg_geU66pxE)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 2,18-22
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Depois do debate sobre as relações de
acolhida e respeito entre discípulos e pecadores, Jesus é provocado sobre o
jejum
· Os fariseus e os discípulos de João
haviam radicalizado o jejum: a lei pedia uma vez por ano, mas eles o faziam
duas vezes por semana
· Para Jesus, a novidade radical do
Reino de Deus – a fraternidade sem fronteiras e a compaixão de Deus – não cabiam
no jejum
· Reduzir a novidade cristã a velhas
práticas legais seria como pôr um remendo de pano bom numa roupa completamente
esgarçada
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Contemple a cena: os personagens; o
questionamento sobre seus discípulos e a resposta de Jesus; as duas comparações
que ele usa
· De onde vem a insistência de nossas
Igrejas com as penitências e jejuns e a dificuldade de viver a alegria do Reino
de Deus?
· O que precisamos fazer, nós e nossas
comunidades eclesiais, para não remendar velhas práticas e ideologias com o
Evangelho?
· Como poderíamos expressar e celebrar a
alegria pela aliança de Deus com a humanidade, que produz vida abundante para
todos?
· Se
puder, leia as notas sobre o texto (na página seguinte)
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Medite
a canção “Mestre, onde moras?” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=oIS0O3pfjYs)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Algumas ideias
sobre Marcos 2,18-22
A passagem que meditamos no último sábado
apresentava o questionamento dos fariseus ao fato de Jesus e seus discípulos se
sentarem à mesa lado a lado com pecadores de diversos tipos. O texto de hoje
continua com o tema da refeição, mas o questionamento de alguns observadores
críticos é sobre o jejum.
Eles observam os discípulos de Jesus e
perguntam por que eles não jejuam, enquanto os fariseus e os discípulos de João
praticam esta regra de piedade. Na verdade, a lei de Moisés obrigava o fiel a
jejuar apenas uma vez por ano (na festa da expiação), mas o grupo dos fariseus
praticava o jejum, voluntariamente duas vezes por semana.
Nesta discussão, o que está em questão é o
caminho prático que nos leva à santidade, ou à pureza: a penitência expressa no
jejum ou o Reino de Deus, que se mostra na alegria da fraternidade? Como no
episódio de sábado (cf. Mc 2,13-17), o questionamento se dirige ao
comportamento dos discípulos, mas a intenção é atingir o mestre.
Para Jesus, o problema não parece ser o jejum
em si mesmo, mas o lugar que lhe dão os fariseus na prática da fé e o tempo
especial que eles vivem com a chegada do Reino de Deus. Ninguém jejua numa
festa de casamento, mas come e bebe, participando da alegria dos noivos! E este
é o momento que vivem os discípulos: Jesus é o noivo que, em nome de Deus,
assina a aliança de compromisso com a humanidade.
Para Jesus, o jejum exagerado que os fariseus
praticavam e ensinavam não passava de um belo remendo de pano novo numa roupa
velha. E o seguimento de Jesus na perspectiva solidária do Reino de Deus não
cabia no velho barril daquela piedade social sofisticada. Repetir essas
práticas seria como que colocar em risco a liberdade do Reino de Deus.
Jesus não veio pedir para que multipliquemos
promessas e ave-marias, nem para implorar ofertas e jaculatórias, menos ainda
para pedir velas queimando, mas a nossa participação na solidária e inclusive
caravana da vida nova.
(Itacir Brassiani msf)
Um pensamento
do Papa Francisco
“A ajuda mútua entre países acaba por beneficiar a todos. Um país que progride com base no seu
substrato cultural original é um tesouro para toda a humanidade. Precisamos
fazer crescer a consciência de que, ou
nos salvamos todos ou não se salva ninguém. A pobreza, a degradação, os sofrimentos
dum lugar são um terreno fértil de problemas que afetarão todo o planeta. Deveria afligir-nos saber que em qualquer
lugar existem pessoas e povos que não desenvolvem o seu potencial e a sua beleza
por causa da pobreza ou outros limites estruturais. Isto acaba por nos
empobrecer a todos”. (Francisco, Fratelli
Tutti, 137)
Sobre a Leitura Orante do Evangelho
A
Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa
vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em
família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir
juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez
àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho
para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum
Domini, 46).
Em
tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é
um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os
textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Os
grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem
um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)
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