336 | Ano B | 5ª Semana da Páscoa | Quarta-feira | João
15,1-8
01/05/2024
Jesus se compara
a verdadeira videira. Esta videira se contrapõe e toma o lugar de uma outra
videira potencialmente falsa. E a videira não-verdadeira é Israel, no seu significado
de unidade política e religiosa, fechada em si mesma, exploradora dos pobres e
a serviço dos privilegiados.
A relação de
Jesus com os/as discípulos/as é de recíproca dependência: a cepa só pode
frutificar através dos ramos, e os ramos só produzem frutos se permanecem
ligados à cepa. “Fiquem unidos a mim e eu ficarei unido a vocês... Porque sem
mim vocês não podem fazer nada”. Jesus conta com as nossas ações para amar e
servir.
Assim como os
ramos nada produzem sem a seiva que lhes vem gratuitamente da cepa, também os/as
discípulos de Jesus pouco conseguem fazer se não permanecerem ligados/as a
Jesus Cristo. É uma união de atitudes fundamentais, uma identificação com seu
dinamismo de amor e dom total. É na força dessa união que serão promotores da
Justiça e da paz. Sem isso serão ramos estéreis.
Para que produza
frutos bons e abundantes, o vínculo dos discípulos com Jesus, como a inserção
do ramo na cepa, não pode ser um dado estático, mas um processo ativo e vivo
que conhece exigências e requer decisões, um dinamismo de permanente limpeza e
poda. “Os ramos que dão fruto, o Pai os poda para que deem mais frutos ainda”,
diz Jesus. E a poda é sempre uma intervenção exigente.
Na videira, a
prática da poda tem como objetivo eliminar os fatores de debilitação e de morte
e, ao mesmo tempo, direcionar as energias para que resultem em bons e
abundantes frutos. Para o/a discípulo/a, o seguimento de Jesus Cristo na ceia,
no lava-pés e na cruz que leva à ressurreição é um caminho de progressiva
inserção numa comunidade e de conversão do ‘eu’ para o ‘nós’.
Permanecer
unido/a a Jesus Cristo não significa apenas frequentar o culto ou a missa
assiduamente. É muito mais que isso, e se mostra num modo de viver e se
relacionar. Por isso, Jesus insiste que precisamos manter e aprofundar nossa
adesão ao seu projeto, ao seu caminho: fazer-se próximo, não perder a vida
correndo atrás de ambições vazias, entregá-la a serviço dos outros.
Meditação:
· Recomponha na memória a bela e sugestiva alegoria, dando asas à
imaginação para entender seu alcance
· Qual é o significado e as implicações de permanecer unido a
Jesus como o ramo não pode separar-se da cepa?
· Qual é o sentido e as implicações da “poda” na videira e na vida
dos discípulos e discípulas de Jesus que já produzem bons frutos?
· E quais são as implicações do fato de que a cepa (Jesus) produz
frutos unicamente nos ramos (os cristãos)?
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