337 | Ano B | 5ª Semana da Páscoa | Quinta-feira | João
15,9-11
02/05/2024
Depois da
alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua desenvolvendo sua catequese aos
discípulos, extraindo as consequências da imagem que usou: como o Pai me amou,
eu também amei vocês; eu permaneci no amor do Pai levando a sério seus
mandamentos; vocês permanecerão no meu amor se guardarem meu mandamento; assim,
minha alegria estará em vocês, e a alegria de vocês será completa.
Eis como Jesus
concretizou o amor: acolheu pecadores e resgatou a dignidade deles;
compadeceu-se dos famintos e multiplicou pães e peixes para eles; comoveu-se
com o sofrimento dos doentes e deu-lhes condições de plena cidadania;
aproximou-se das pessoas excluídas e sentou-se com elas à mesa; tomou a defesa de
mulheres condenadas excluídas pelos próprios homens que as usavam; perdoou e
acolheu os/as pecadores/as e estrangeiros/as...
Jesus diz que nos
ama na mesma dinâmica e com a mesma intensidade com que é amado pelo seu e
nosso Pai. E é nessa força e nesse espírito que somos chamados/as e capacitados/as
para amar. O amor de Deus, que se tornou visível em Jesus Cristo, se torna, em
nós, dom e mandamento. “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros assim
como eu amei vocês”. Ele não pede que nosso amor se dirija a ele, mas aos
semelhantes.
Mas o amor não se
confunde com um simples sentimento, que é sempre involuntário, e se impõe sobre
a vontade, é uma decisão. O amor está no horizonte da vontade, da decisão e da
ação que nos faz próximos e solidários de quem é diferente e precisa de nós.
Amar significa bem-querer, bem-dizer e bem-fazer, tudo ao mesmo tempo. Amamos
por vontade, por palavras e por ações.
Jesus apresenta a
si mesmo como medida e referência do amor: “Amem-se uns aos outros assim como
eu amei vocês”. Com isso, ele quer nos libertar da tentação de colocar
nossos desejos como referência para todas as relações. O amor se concretiza no
relacionamento de igual para igual, na abolição das hierarquias, senhorios e
servidões, no serviço gratuito e irrestrito. O próprio Jesus não nos trata como
servos/as mas como iguais, pois não reserva nada, e comunicar tudo significa
confiar irrestritamente.
Meditação:
· Recorde no coração e deixe ressoar cada expressão ou palavra
deste breve discurso de Jesus
· Medite as diversas passagens da vida de Jesus e procure
identificar quando e como Deus manifesta seu amor por Jesus
· O que fazemos para permanecer no amor de Jesus, e para que ele
permaneça em nós?
· Quando e como experimentamos aquela alegria que não se opõe ao
cansaço e à dor, mas realiza aquilo que somos chamados/as a ser?
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