quarta-feira, 1 de maio de 2024

A luz do Evangelho em nossa vida (337)

337 | Ano B | 5ª Semana da Páscoa | Quinta-feira | João 15,9-11

02/05/2024

Depois da alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua desenvolvendo sua catequese aos discípulos, extraindo as consequências da imagem que usou: como o Pai me amou, eu também amei vocês; eu permaneci no amor do Pai levando a sério seus mandamentos; vocês permanecerão no meu amor se guardarem meu mandamento; assim, minha alegria estará em vocês, e a alegria de vocês será completa.

Eis como Jesus concretizou o amor: acolheu pecadores e resgatou a dignidade deles; compadeceu-se dos famintos e multiplicou pães e peixes para eles; comoveu-se com o sofrimento dos doentes e deu-lhes condições de plena cidadania; aproximou-se das pessoas excluídas e sentou-se com elas à mesa; tomou a defesa de mulheres condenadas excluídas pelos próprios homens que as usavam; perdoou e acolheu os/as pecadores/as e estrangeiros/as...

Jesus diz que nos ama na mesma dinâmica e com a mesma intensidade com que é amado pelo seu e nosso Pai. E é nessa força e nesse espírito que somos chamados/as e capacitados/as para amar. O amor de Deus, que se tornou visível em Jesus Cristo, se torna, em nós, dom e mandamento. “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros assim como eu amei vocês”. Ele não pede que nosso amor se dirija a ele, mas aos semelhantes.

Mas o amor não se confunde com um simples sentimento, que é sempre involuntário, e se impõe sobre a vontade, é uma decisão. O amor está no horizonte da vontade, da decisão e da ação que nos faz próximos e solidários de quem é diferente e precisa de nós. Amar significa bem-querer, bem-dizer e bem-fazer, tudo ao mesmo tempo. Amamos por vontade, por palavras e por ações.

Jesus apresenta a si mesmo como medida e referência do amor: “Amem-se uns aos outros assim como eu amei vocês”. Com isso, ele quer nos libertar da tentação de colocar nossos desejos como referência para todas as relações. O amor se concretiza no relacionamento de igual para igual, na abolição das hierarquias, senhorios e servidões, no serviço gratuito e irrestrito. O próprio Jesus não nos trata como servos/as mas como iguais, pois não reserva nada, e comunicar tudo significa confiar irrestritamente.

 

Meditação:

·    Recorde no coração e deixe ressoar cada expressão ou palavra deste breve discurso de Jesus

·    Medite as diversas passagens da vida de Jesus e procure identificar quando e como Deus manifesta seu amor por Jesus

·    O que fazemos para permanecer no amor de Jesus, e para que ele permaneça em nós?

·    Quando e como experimentamos aquela alegria que não se opõe ao cansaço e à dor, mas realiza aquilo que somos chamados/as a ser?

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