segunda-feira, 6 de maio de 2024

A luz do Evangelho em nossa vida (342)

342 | Ano B | 6ª Semana da Páscoa | Terça-feira | João 16,5-11

07/05/2024

Na semana que antecede a solenidade da Ascensão, meditaremos trechos do afetuoso diálogo de Jesus com seus discípulos depois da última ceia com eles, e antes da traição e prisão. Pressentindo a iminência da sua condenação à morte, Jesus faz questão de sublinhar que sua “saída” para o Pai, por quem foi enviado e em cujo nome falou e agiu, fará bem para o amadurecimento dos/as discípulos/as. Ele vai para voltar como inspiração, força e defesa.

Os/as discípulos/as não entendem como a paixão e morte de Jesus pode ser sua volta ao Pai e a plena e fiel presença do Pai nas dores da humanidade e nas encruzilhadas da história. Toda explicação parece-lhes supérflua e vazia. A separação continua a ser vista como escandalosa e definitiva, e por isso são acossados pelo medo e pela tristeza. Eles não conseguem entender o mistério da semente.

Precisamos entender que o envio do Espírito de Deus e a sua assimilação na caminhada de discípulos/as missionários/as depende da paixão e morte de Jesus. Sem a cruz, o Espírito seria entendido apenas em parte, seria privado do seu núcleo vivo que é o amor extremo, que desce aos infernos para regenerar o humano em nós. O Espírito é entrega generosa de si, sem “se” e sem “mas”.

Recebendo o Espírito Santo e deixando-nos guiar por ele, passamos de uma visão de Jesus como simples “modelo de vida” a ser admirado, e o assumimos como fonte dinâmica da vida que se manifesta nele e nos vem dele. Nele, por ele e com ele somos capazes de reconhecer no mistério da cruz tanto a manifestação da violência destruidora como do amor infinito e apaixonado de Deus Pai e do “Filho do Homem”.

O Espírito/Defensor que recebemos do Pai por Jesus move um processo contrário àquele que vitimou Jesus e condena seus discípulos/as: os/as condenados/as são inocentes, e os/as juízes/as que os condenam são os/as verdadeiros/as criminosos/as. O chefe deste mundo – personificado no grupo que dirige o judaísmo, condena Jesus e excomunga seus discípulos – não tem nenhum poder sobre os/as seguidores/as de Jesus. Eles/as são livres de si mesmos/as e de tudo para amar.

 

Meditação:

·    Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados com o gesto de amor extremo de Jesus, com o anúncio da sua morte e a previsão da oposição que sofreriam para continuar a missão de Jesus

·    Você percebe sinais de oposição e resistência à missão dos seguidores/as de Jesus? Como e onde estes sinais aparecem?

·    Tome consciência das incompreensões, resistências e oposições que os cristãos coerentes enfrentam na atual conjuntura política nacional,

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