domingo, 5 de maio de 2024

A luz do Evangelho em sua vida (341)

341| Ano B | 6ª Semana da Páscoa | Segunda-feira | João 15,26-16,4

06/05/2024

Neste afetuoso e tenso diálogo profético com seus discípulos na noite em que seria preso, com a colaboração traiçoeira de um deles, Jesus faz questão de sublinhar o caráter exigente e conflituoso da vida e da missão de quem o segue. O/a discípulo/a que participa da mesa do Pão e da Palavra, que toma a toalha e se inclina para lavar os pés da humanidade, não tem direito à ingenuidade de imaginar que tudo acontecerá pacificamente, que o Reino não encontrará oposição, que o caminho será pavimentado de flores e de aplausos.

Jesus garante aos seus discípulos/as que enviará um Defensor permanente, um “Outro Advogado” (o primeiro foi ele mesmo!), que prosseguirá sua missão, e que sempre atestará a inocência de quem se mantém no caminho da conversão ao seu Evangelho. No tribunal da história, os/as cristãos jamais ficarão desassistidos/as, tanto na defesa como na oportuna acusação dos “podres poderes”. O Espírito da verdade e da fidelidade testemunhará a autenticidade messiânica de Jesus e será o fundamento seguro do testemunho público dos discípulos/as, especialmente quando sofrerem oposição.

Trata-se do Supro de Deus, que sustenta a criação e dá dinamismo e finalidade à caminhada da humanidade, e suscita o testemunho profético dos/as cristãos, chamados/as a criticar e orientar os movimentos históricos conforme a vontade de Deus, a serviço da libertação da humanidade oprimida. Nisso, é preciso estar com Jesus desde o começo, passando pela sua paixão e morte, e não apenas na fase da ressurreição. É nesta comunhão com o Filho enviado pelo Pai que os/as discípulos/as encontrarão força e consolo.

Para um cidadão judeu era impensável e terrível ser excluído da sinagoga e barrado na entrada do templo. Mas Jesus previne seus discípulos e discípulas de que isso acontecerá, pois a instituição religiosa do templo está pervertida, participa de uma fraude e faz parte das hostilidades impostas a Jesus e seus seguidores pelo “príncipe deste mundo”. O templo fora transformado numa instituição que cultua um “deus” que aceita e até patrocina a morte violenta do ser humano. Seus chefes não conhecem o Pai e não estão do lado ser humano. Que isso soe advertência a todas as instituições!

 

Meditação:

·    Perceba a perplexidade deles diante do anúncio da morte de Jesus e da previsão da oposição que sofreriam para continuar a missão recebida por Jesus e confiada aos discípulos e discípulas

·    Você percebe manifestações de oposição e resistência à missão dos seguidores/as de Jesus?  Como e onde estes sinais aparecem mais?

·    Qual seria a atitude mais adequada de quem pede, clama e espera o ajuda do “Advogado” para defende-lo das ameaças da missão?

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