341| Ano B | 6ª Semana da Páscoa | Segunda-feira | João
15,26-16,4
06/05/2024
Neste afetuoso e
tenso diálogo profético com seus discípulos na noite em que seria preso, com a
colaboração traiçoeira de um deles, Jesus faz questão de sublinhar o caráter
exigente e conflituoso da vida e da missão de quem o segue. O/a discípulo/a que
participa da mesa do Pão e da Palavra, que toma a toalha e se inclina para
lavar os pés da humanidade, não tem direito à ingenuidade de imaginar que tudo
acontecerá pacificamente, que o Reino não encontrará oposição, que o caminho
será pavimentado de flores e de aplausos.
Jesus garante aos
seus discípulos/as que enviará um Defensor
permanente, um “Outro Advogado” (o primeiro foi ele mesmo!), que prosseguirá
sua missão, e que sempre atestará a inocência de quem se mantém no caminho da
conversão ao seu Evangelho. No tribunal da história, os/as cristãos jamais
ficarão desassistidos/as, tanto na defesa como na oportuna acusação dos “podres
poderes”. O Espírito da verdade e da
fidelidade testemunhará a autenticidade messiânica de Jesus e será o fundamento
seguro do testemunho público dos discípulos/as, especialmente quando sofrerem
oposição.
Trata-se do Supro
de Deus, que sustenta a criação e dá dinamismo e finalidade à caminhada da
humanidade, e suscita o testemunho profético dos/as cristãos, chamados/as a
criticar e orientar os movimentos históricos conforme a vontade de Deus, a
serviço da libertação da humanidade oprimida. Nisso, é preciso estar com Jesus
desde o começo, passando pela sua paixão e morte, e não apenas na fase da
ressurreição. É nesta comunhão com o Filho enviado pelo Pai que os/as
discípulos/as encontrarão força e consolo.
Para um cidadão
judeu era impensável e terrível ser excluído da sinagoga e barrado na entrada
do templo. Mas Jesus previne seus discípulos e discípulas de que isso
acontecerá, pois a instituição religiosa do templo está pervertida, participa
de uma fraude e faz parte das hostilidades impostas a Jesus e seus seguidores
pelo “príncipe deste mundo”. O templo fora transformado numa instituição que
cultua um “deus” que aceita e até patrocina a morte violenta do ser humano.
Seus chefes não conhecem o Pai e não estão do lado ser humano. Que isso soe
advertência a todas as instituições!
Meditação:
· Perceba a perplexidade deles diante do anúncio da morte de Jesus
e da previsão da oposição que sofreriam para continuar a missão recebida por
Jesus e confiada aos discípulos e discípulas
· Você percebe manifestações de oposição e resistência à missão
dos seguidores/as de Jesus? Como e onde
estes sinais aparecem mais?
· Qual seria a atitude mais adequada de quem pede, clama e espera
o ajuda do “Advogado” para defende-lo das ameaças da missão?
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