Maria é feliz porque acreditou na Palavra daquele que a amou e chamou | 366 |
31.05.24 | Lc 1,39-56
Este texto do evangelho de Lucas é escolhido para
iluminar a festa de da Visitação de Maria, com a qual a tradição católica
conclui todo um mês dedicado a Maria de Nazaré, a mãe de Jesus. Literariamente,
esta narrativa está localizada logo após o anúncio do Anjo a Maria, e
imediatamente antes da cena do nascimento de Jesus, em Belém, na região da
Judeia.
O episódio que nos é oferecido à meditação traduz
de modo plástico a presença libertadora de Deus na história e a serena alegria
que essa “visita” desperta na oração e no cântico dos pobres. O ântico que
brota dos lábios de Maria não expressa um desejo vago é utópico, mas uma
esperança segura, que se fundamenta na fidelidade de Deus revelada e confirmada
ao longo da história do povo de Israel e das comunidades cristãs.
Inicialmente, a cena nos oferece uma espécie de
ampliação do episódio da anunciação e uma confirmação dos sinais da fidelidade
de Deus indicados pelo anjo a Maria. Estimulada
pelo anjo, Maria parte “apressada” em busca desses sinais. Chegando à casa de Isabel,
a prima anfitriã proclama e saúda a presença do esperado Messias no seio de
Maria com a mesma surpresa e alegria com as quais Davi e o povo de Israel saudaram
a presença fiel e libertadora de Deus na Arca da Aliança.
O próprio João Batista, ainda escondido no ventre
de Isabel, antecipa essa alegria messiânica, e, com a mãe, reconhece a presença
de Deus no meio do povo saltitando de emoção. Maria é aclamada por Isabel como “bem-aventurada”
e muito feliz porque acreditou na verdade e na força da Palavra de Deus. A seu
modo, Isabel desvenda o significado profundo da maternidade de Maria.
Na sequência, Maria intervém com um cântico no qual
celebra a intervenção de Deus no passado e assegura a fidelidade da sua
misericórdia para o futuro. Ela, serva e humilhada, representa todos os pobres
agraciados por Deus que visualizam um mundo novo, que vence e supera forças as
estruturas que dominam e excluem.
A cena da visita
de Maria a Isabel e a celebração feminina da ação libertadora de Deus na
história ressalta ao menos três aspectos: nosso Deus é o Deus dos humildes;
Maria vem nos visitar e nos ajudar em nossas necessidades; Maria nos convida a
sair ao encontro e serviço de quem precisa de nós.
Meditação:
· Reconstrua a cena,
acompanhando Maria na sua caminhada de Nazaré à Judéia, inclusive no seu
encontro com sua parenta Isabel
· Deixe-se envolver pela
alegria messiânica que ilumina e comove Maria, Isabel e João Batista, e repita a
saudação mística e profética com a qual ela recebe e celebra a visita de Deus
ao seu povo
· Acolha a visita de Maria
na sua casa, e participe da sua alegria e profecia, aceite o convite e saia com
ela a levar o Evangelho
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