quarta-feira, 4 de outubro de 2023

O Evangelho na vida de cada dia (126)

126 | Ano A | 26ª Semana Comum | Quinta-feira | Lucas 10,1-12

(05/10/2023)

O texto do evangelho hoje vem a calhar para os primeiros dias do mês missionário. Jesus envia um grupo de 72 discípulos/as para o precederem em todos os lugares para onde ele iria mais tarde, e para antecipar sua missão. Eles não são apenas uma espécie de “batedores”, que anunciam e abrem alas para a chegada do personagem esperado, mas verdadeiros protagonistas da missão, como Jesus e como o grupo dos 12 apóstolos.

Este grupo ampliado de discípulos/as missionários/as não substitui, nem simplesmente suplementa, o que os Doze Apóstolos não conseguem fazer. É um envio estável, paralelo e complementar ao grupo dos Doze, com uma missão específica e duradoura. Enquanto os Doze apóstolos foram enviados prioritariamente aos judeus, este novo coletivo de discípulos/as missionários/as é enviado a todos os povos!

A imagem da colheita – quando chega seu tempo, não se pode demorar ou postergar o trabalho! – sublinha a urgência dessa missão. O conteúdo do anúncio não poderia ser mais claro: “O Reino de Deus está próximo de vocês!” E este anúncio é para todos os povos, e não apenas para os judeus e as pessoas justas. E é boa notícia, sem pedágio, para quem, por alguma razão, é menosprezado ou marginalizado!

Como a colheita, essa missão, que convoca e envia muitos/as, é real, concreta e necessária. Trata-se de anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus e de libertar ou reabilitar as pessoas. Dizer “paz a esta casa” não é saudação protocolar ou palavra vazia, mas convite eficaz à felicidade e à alegria já no presente, fruto do reinado de Deus em ação. É bem mais que desejar “a paz de Jesus”.

Jesus apresenta também uma espécie de cartilha para orientar a ação missionária. A rejeição e a perseguição dão o tom da missão, e estarão sempre na sua agenda; a imagem do cordeio no meio dos lobos deixa isso claro! Os/as enviados/as devem partir desarmados e expostos, confiando unicamente em Deus e nos interlocutores. A casa (e não o templo!) é o ponto de apoio da missão, e a pobreza de recursos não é uma dificuldade, mas a garantia da autenticidade do anúncio.

Meditação:

§  Releia atentamente o texto, tendo diante dos olhos a missão que você desenvolve na Igreja e na sociedade

§  Que palavras ou afirmações iluminam e questionam mais fortemente sua missão e a missão da Igreja?

Santa Teresinha desejava fazer tudo ou assumir todas as vocações na Igreja, mas descobriu que vivendo o amor faria tudo... O que isso nos ensina e nos provoca hoje?


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