164 | Ano A | 32ª Semana Comum | Sábado | Mateus 25,1-13
12/11/2023
Com esta parábola, Jesus continua sua
insistência na preparação e na prontidão para acolher e promover o Reino de
Deus, mesmo quando ele parece, aos nossos olhos e segundo nossos cronômetros,
demorar muito a se manifestar. O caminho do discipulado tem um tempo
indeterminado, um fim imprevisível e um desfecho desconhecido. Caminhar como
discípulo supõe ânimo e disposição para perseverar na luta até o fim.
A parábola das dez moças põe diante
dos olhos da nossa imaginação dois grupos contrastantes de pessoas, ou duas
atitudes divergentes: o grupo das moças sensatas e prudentes; o grupo das moças
desligadas e insensatas. Estes grupos representam todos/as os/as discípulos/as,
homens e mulheres, de origem judia e de origem pagã. O foco da parábola são as
moças, e não o noivo, que representa Jesus. Estranho é que a noiva não
aparece...
Com o atraso do noivo para celebrar a
festa do seu casamento, todas as dez moças dormem. Mas cinco delas, as moças chamadas
sensatas, providenciam uma reserva de óleo. Elas representam o discipulado
fiel, obediente e perseverante. As outras cinco são insensatas: ouvem o
Evangelho e não o colocam em prática, ou não o levam a sério. Elas representam
os/as discípulos/as pragmáticas, de caráter emocional, sem profundidade.
Com a demora ou a aparente
insignificância dos sinais do Reino de Deus, o grupo das moças insensatas perde
o foco, se distrai ou cansa, e se perde no caminho. São como terreno ruim, no
qual o Evangelho não consegue criar raízes nem frutificar. São falsas
discípulas que Jesus não reconhece, enquanto que as sensatas são acolhidas na
festa.
Portanto, Jesus
nos exorta a estar sempre prontos/as a encontrá-lo, reconhecê-lo e acolhê-lo, vigilantes
no sonho do Reino e no serviço solidário aos irmãos e irmãs. Jesus e o Reino de
Deus podem tardar, seus sinais podem parecer insignificantes, mas eles estão
vindo! Que nada nos distraia diante da absoluta primazia da fraternidade e da
solidariedade.
Meditação:
§ Retome
calmamente as duas comparações que Jesus oferece sobre a correta atitude em
tempos de espera e demora
§ O
que você pode fazer para ajudar a evitar que as comunidades cristãs fujam da
sua responsabilidade com a transformação do mundo e se refugiem no culto e no
moralismo?
§ Como
você tem se preparado para a “nova normalidade”? Tem conseguido rever e
qualificar o estilo de vida?
§ Qual
é o “óleo” que tem ajudado vocês a permanecer lúcidos e atenciosos, sal e
fermento do Reino em tempos difíceis?
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