quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O Evangelho na vida de cada dia (183)

183 | Ano A | 34ª Semana Comum | Sexta-feira | Lucas 21,29-33

01/12/2023

Faltam dois dias para concluirmos o ano litúrgico, e, no penúltimo trecho do nosso conhecido “discurso escatológico” que Jesus pronunciou em pleno templo. Por mais que sua linguagem nos assuste, Jesus fala do fim de um tempo, de um mundo, e do começo de outro mundo e de outro tempo, muito melhores: o tempo em que o Reino de Deus se mostra mais claramente.

Depois de falar simbolicamente de sinais nos céus e na terra, de divisões e traições nos círculos mais íntimos das nossas relações, de ocupação e destruição de Jerusalém e do seu templo, Jesus recorre a uma metáfora (o rebrote das árvores anunciando nova estação) para dizer que tudo isso é sinal jubiloso de algo bom que se desenha no horizonte.

Na verdade, os acontecimentos e sinais históricos ou imaginários aos quais Jesus se refere são sinais e antecipações proféticas do fim de uma história: a história feita pelos grandes e poderosos, de cima para baixo, com recurso ao poder e à intimidação, assegurando privilégios a uns poucos e excluindo ou perseguindo as maiorias. E o Reino de Deus está cada vez mais perto!

Jesus convoca seus discípulos e discípulas de todos os tempos e quadrantes a acompanhar atentamente estes acontecimentos e a discernir neles os sinais do Reino que está em gestação, agindo como fermento na massa, como semente enterrada no chão e como sal nos alimentos. Como os brotos novos da figueira prenunciam a proximidade e a certeza da chegada do verão, há sinais anunciando a certeza e a iminência do Reino de Deus.

Aqueles/as que rejeitam e perseguem Jesus e seus discípulos/as (“esta geração”) verão estupefatos a novidade acontecendo, e eles/as sim devem temer. A Boa Notícia de Deus, que Jesus encarna e anuncia, é segura e estável apenas para quem, como Jesus, põe nele a sua confiança e tem nele o seu escudo. O Reino de Deus (a nova humanidade, os novos céus e a nova terra) é mais seguro e estável que o templo, mais que o firmamento, mais que os alicerces da terra. Deus ama o direito e a justiça e defende os pobres e indefesos: essa é a Palavra que nos dá alento e que jamais passará.

 

Meditação:

§  Leia atentamente esta cena e as palavras de Jesus, dando atenção à metáfora dos brotos de figueira

§  Você mantém a esperança em um país, o mundo e uma Igreja melhores, ou já “entregou os pontos” e não crê em mais nada?

§  Você consegue identificar pequenos sinais da manifestação certa e segura do Reino de Deus em nosso meio?

§  Onde você encontra as forças que necessita para continuar lutando e sonhando em meio às dificuldades?


Nenhum comentário: