A felicidade que todos buscamos não se encontra de qualquer jeito| 469 | 11.09.2024 | Lucas
6,20-26
No “sermão” de hoje, Jesus fala aos discípulos que
chamou ou que o buscaram espontaneamente. Na sinagoga de Nazaré, ele já havia
deixado claro que, com ele e com o advento do Reino de Deus, inaugurava-se um
tempo de gratuidade e felicidade no qual os pobres e oprimidos ocupam o
primeiro lugar.
No seu anúncio de hoje, Jesus distingue claramente
dois grupos de pessoas: um grupo que ele declara feliz, e um grupo que ele
caracteriza como maldito. As pessoas felizes são os discípulos verdadeiros,
coerentes, solidários, colaboradores de Deus no mundo. As pessoas malditas são
as que não permitem que Deus interfira nas suas escolhas e, assim, impedem que
ele reine na sociedade.
Os pobres
(literalmente, as pessoas carentes e dependentes) são felizes porque são os
destinatários do Reino de Deus. E os ricos
(que em Lucas são representados pelo homem indiferente e avarento da parábola
do rico e de Lázaro) devem se lamentar porque não descobriram o tesouro da
partilha e da solidariedade, e se detêm em satisfações egoístas e fugazes.
Aos famintos
(toda caracterização é dispensável!) Jesus opõe os satisfeitos (orgulhosos com o que têm). Felizes são também as
pessoas que choram (aquelas que
lamentam a morte de uma pessoa querida ou um erro cometido), enquanto que grupo
dos que riem (pessoas seguras de si
mesmas, que se sentem melhores e superioras) é declarado maldito.
Felizes são também os discípulos que sofrem ódio, exclusão e insultos por causa de
Jesus e do Reino de Deus, enquanto que as pessoas despreocupadas, badaladas e estimadas como os falsos profetas
merecem a reprovação de Jesus e não chegam a experimentar a verdadeira
felicidade.
Não se trata de um desejo vazio de Jesus, nem de uma promessa para
depois da morte, mas de uma declaração que tem a força de quem a pronuncia.
Nessas palavras, Jesus desmascara as ilusões dos ricos e satisfeitos e assegura
a reviravolta, já iniciada pela instauração do Reino de Deus.
Meditação:
§ Retome cada proclamação e
cada lamentação correspondente e as deixe repercutir em você, mantendo os pés
no chão
§ Não disfarce e deixe
aflorar o incômodo e a estranheza que esta Palavra de Jesus causa em você
§ Para você é difícil
concordar com o que Jesus diz e faz? Você tem vontade de amenizar sua fala, de
adocicar suas palavras?
§ Experimente inverter o que
Jesus diz: ai dos pobres, ai dos que choram, ai dos que têm fome... Isso é
humano e aceitável?
§ Você continua disposto a
seguir este caminho especial de felicidade proposto por Jesus, e está
consciente das exigências que comporta?
2 comentários:
Que o Espírito Santo ilumine sempre nossas vida e fortaleca nossa fé para ser fiel a Jesus Cristo
Gratidão sempre Pe itacir pelos comentários da Palavra sempre tão profundos e desafiadores!!
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