Hoje, 28 de
setembro, é o dia internacionalmente consagrado ao direito humano à
informação.
Talvez seja oportuno recordar que, um mês e pouco
depois que as bombas atômicas aniquilaram Hiroshima e Nagasaki, o jornal The New York Times desmentiu os rumores
que estavam assustando o mundo.
No dia 12 de setembro de 1945, esse jornal publicou,
na primeira página, um artigo assinado pelo seu redator de temas científicos,
William L. Laurence. O artigo batia de frente nas versões alarmistas e
assegurava que não havia radiação alguma nessas cidades arrasadas, e que a tal
radioatividade não passava de “uma mentira da propaganda japonesa”.
Graças a essa revelação, Laurence ganhou o prêmio
Pulitzer. Tempos depois, soube-se que ele recebia dois salários mensais: o The New York Times pagava um, e o outro
corria por conta do orçamento militar dos Estados Unidos (da América do Norte).
(Eduardo Galeano, Os filhos dos dias, L&PM, 2012,
p. 308)
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