Sergipe, Nordeste do Brasil: Paulo Freire começa uma
nova jornada de trabalho com um grupo de camponeses muito pobres, que estão se alfabetizando.
“Como vai, João?”
João se cala. Amassa o chapéu. Longo silêncio, e
finalmente ele diz: “Não consegui dormir. A noite inteira sem fechar os
olhos...”
Mais palavras não saem da sua boca, até que ele
murmura: “Ontem eu escrevi meu nome pela primeira vez...”
(Eduardo Galeano, Os filhos dos dias, L&PM, 2012,
p. 288)
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