A difícil e exigente luta
pela Paz
Acabo de
chegar da Vigília pela Paz no Mundo, especialmente
no Oriente Médio e na Síria que está ocorrendo na Praça São Pedro. Lá
permanecem em torno de cinquenta mil pessoas que atenderam à convocação em
regime de urgência feita pelo Papa Francisco no último domingo. Uma bela prova
de liderança do Papa e de abertura do povo cristão.
A
multidão que se reuniu hoje na praça São Pedro foi sacudida por um contundente
apelo do Papa Francisco. A releitura do breve sermão que ele fez no domingo
passado e um pronunciamento preparado para hoje tocaram consciências e
corações. A paz é um caminho possível e necessário. É um grito que precisa
encontrar eco na humanidade de hoje. E é uma urgência quase desesperadora.
Um dos
textos bíblicos meditados na vigília foi o de Isaías 2,1-5. “Ele (o Senhor) nos
vai mostrar a sua estrada, e nos vamos trilhar por seus caminhos. Às nações ele
dará a sentença, decisão para povos numerosos: devem fundir suas espadas para fazer pás de arado, fundir as lanças
para fazer foices. Nenhuma nação pegará em armas contra a outra e nunca
mais se treinarão para a guerra.”
Ainda bem
que as coisas mudaram, e a Igreja se tornou paladina da paz. Mas não pude
deixar de esboçar um riso quando escutei a proclamação do texto do profeta
Isaías. Pouco antes, na abertura da Vigília, um grupo de soldados da Guarda Suíça levou em procissão a imagem
de Nossa Senhora. Fazia parte do traje destes soldados longas e vistosas
espadas. É resquício das cruzadas, saudade do tempo dos estados pontifícios ou
falta de fundição para transformá-las em instrumento de cultivo de alimentos? A
paz ainda não conquistou totalmente nem mesmo a Igreja...
Itacir Brassiani msf
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