Neste breve artigo, publicado em 2007 (O Bertheriano, Ano XXVI,
julho de 2007, p. 11), o Pe. Ceolin partilha sua convicção e seu espírito
missionário. Para ele, o missionário, como Jesus, não é uma pessoa movida por uma
doutrina, mas alguém que se deixa comover pela necessidade do outro; se apresenta
como um enviado, e não quem vem em próprio nome; não chega para cobrar contas
ou publicar ameaças, mas para anunciar uma boa notícia. Para nós, o modelo
missionário é Jesus Cristo, e é nele que também nosso Fundador encontrou
inspiração e força.
A missão de Jesus e a nossa é
evangelizar!
Jesus
disse de si mesmo: “O pai me consagrou e me enviou ao mundo” (Jo 10,36). “Eu
devo anunciar
a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso
que eu fui enviado” (Lc 4,43).
“O
Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção para anunciar
a Boa Notícia (evangelizar) aos pobres; enviou-me para proclamar
a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para restituir a
liberdade aos oprimidos, e para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc
4,18-19).
Jesus
declarou isso na sinagoga de Nazaré. Assim, ele tornou pública a finalidade da
sua vinda ao mundo. Em outras palavras, ele disse o seguinte: “A
minha missão é evangelizar!”
Para ser
missionário/a é preciso ter duas paixões: estar possuído de um grande amor por
Jesus Cristo e pela Humanidade. Assim foi Jesus, e assim foi também nosso
Fundador, o Pe. João Berthier.
Ao ver as
multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam como
ovelhas cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Então ele disse aos discípulos: “Elas
são tantas e os operários são tão poucos!” (Mt 9,36-37)

Por que “Sagrada
Família”? O Pe. Berthier disse que escolheu a Sagrada Família como modelo da
sua nova Congregação “porque foi nela que cresceu o eterno Sacerdote, o
Missionário do Pai” (cf. Const. 1895, 13).
Enviados
a quem? A missão especial dos Missionários da Sagrada Família
é “ir àqueles que estão longe” (At 2,39; Const. 2). Ou seja: ir àqueles que
ainda não aceitaram Jesus Cristo em sua vida ou que estão afastados da
comunidade; colocar-se a serviço daqueles que são injustamente empobrecidos,
privados das condições indispensáveis e necessárias a uma vida humanamente
digna.
Pe. Rodolpho Ceolin msf
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