(Lc 14,12-14) Estou absolutamente certo de uma coisa: o chefe dos fariseus se
arrependeu de ter convidado Jesus ao banquete que ofereceu na sua casa!
Convicto de que a sua era uma iniciativa de longo alcance, uma extraordinária
abertura em relação ao contestadíssimo Rabino, malvisto por seus colegas e sob
o olhar de desaprovação de todos, acaba também no centro de uma catequese
dirigida a todos, mas que o deixou embaraçado. Jesus desmascara suas intenções
secretas: convidar um personagem publicamente reconhecido para receber algum
retorno, para estar no centro das atenções, para adquirir prestígio. Muitas
vezes também nós, na Igreja, fazemos gestos cheios de segundas intenções, de
remotas e nem sempre inocentes motivações e objetivos. Jesus pede ao pobre
fariseu e também a nós para agir de outro modo, fazer as coisas motivados pela adesão
à lógica do Evangelho, imitando Deus, que faz a chuva cair sobre os justos e os
injustos, e que dá gratuitamente o alimento a todos os homens de boa vontade.
Entrar na lógica da gratuidade neste tempo em que tudo é mercantilizado pode
ser o início de uma grande revolução. (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera,
novembro/2013, p. 30)
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