(Jo 2,13-22) [Hoje celebramos a dedicação da basílica de São João de Latrão, a
catedral da diocese de Roma.] Existem estranhas idéias sobre a Igreja girando
pos aí. Num mundo que se tornou uma aldeia global, no qual todos se sentem no
direito de ter uma opinião justa sobre o que é a Igreja, a verdadeira
identidade e a mensagem mais importante da Igreja correm o risco de ficar em
segundo plano. A Igreja não é apenas uma organização religiosa que sente
fortemente o peso dos anos. Não é uma espécie de holding sagrado, empenhada em sobreviver num mundo de tubarões. E
também não se reduz à hierarquia. A Igreja é a comunidade dos irmãos e irmãs
reunidos/as pelo Mestre Jesus para estar com ele e para anunciar seu Evangelho.
A cada um dos discípulos e discípulas é dado um carisma para a edificação
recíproca e para a construção do reino de Deus. A Igreja anuncia o Jesus Cristo
e o reino de Deus, está completamente engajada no anúncio do verdadeiro rosto
de Deus, esperando seu retorno, na plenitude dos tempos. Nesta perspectiva,
somos chamados a reler tudo o que foi construído historicamente em torno desse
núcleo essencial. E chamados também a purificá-lo (como fez Jesus com o templo
de Jerusalém)! Como escreveu sagazmente Santo Ambrósio, a Igreja é uma casta meretrix, uma prostituta casta. É Santa
porque pertence a Deus, e é pecadora porque é feita de homens e mulheres (mas
dirigida somente por homens!) frequentemente frágeis e incoerentes. (Paolo
Curtaz, Parola & Preghiera, novembro/2013, p. 62)
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