(Lc 20,27-40) Nosso Deus é Deus dos vivos porque a Moisés, no
episódio da sarça ardente, fala dos patriarcas como de pessoas vivas e presentes.
Esta simples e genial intuação de Jesus, esta exegese ao vivo que revela, uma
vez mais, o extraordinário conhecimento que Jesus tem da Palavra, deveria calar
a boca de todos, sobretudo os saduceus, que contestam a idéia da ressurreição,
professada pelos fariseus. Deus é um Deus dos mortos quando se torna apenas uma
cômoda referência para quem deseja colocar-se ao lado de uma das partes que se
confrontam em intermináveis disputas teológicas. Deus está morto quando
manipulamos sua Palavra para confirmar os nossos preconceitos. Deus está morto
e sepultado quando procuramos enganar o outro com raciocínios tortuosos, dignos
da pior teologia. Deus está morto e sepultado quando nos escondemos atrás de
teorias ao invés de nos converter à novidade inesperada e inaudita do Mestre.
Não coloquemos obstáculos a Deus. Acolhamos a verdade e a novidade da sua
Palavra como a escutamos. Que bonito poder afirmar com Jesus que o nosso é um
Deus vivo e que, nele, somos imortais! (Paolo Curtaz, Parola
& Preghiera, novembro/2013, p. 156)
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