(Lc 14,25-33) Façamos bem as contas, confiramos nosso bolso! É o próprio Jesus quem
nos pede, quem nos convida a ousar, a levar a sério sua desconcertante
provocação: ele pretende ser maior que a maior alegria que podemos
experimentar. Mais que os bens, mais que os afetos, mais que o enamoramento,
mais que a paternidade. Parece presunçoso esse Jesus, e nos desafia a ser
verdadeiramente discípulos. Se confiamos nele, se compreendemos que sua
presença pode plenificar verdadeiramente nossa vida, orientá-la, dar-lhe
horizonte e respiro, luz e alegria íntima e infinita, então de fato vale a pena
deixar tudo e segui-lo. Façamos bem os cálculos: quanta energia, quanto tempo,
quanta inteligência dedicamos – justamente! – à nossa família, ao trabalho, à
cotidianidade? Coloquemos outro tanto de força e invistamos naquilo que resta:
dar espaço à nossa alma sempre mortificada e esquecida, sempre ignorada e
deixada em último lugar nas nossas preocupações. Jesus não pede renúncia às legítimas
alegrias, mas que descubramos a origem dessas alegrias, que é a sua presença, o
caminho do Reino. Sentemos à mesa e façamos bem as contas: certamente vale a
pena seguir Jesus!... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, novembro/2013,
p. 42)
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