(Lc 17,7-10) Descobrimos a beleza do Deus de Jesus, aderimos à sua proposta, acolhemos
sua Palavra e a deixamos florescer em nós, mudar e iluminar a nossa vida. Dia
após dia, mês após mês, ano após ano, confiando-nos ao Senhor, abrimos nosso
coração à surpresa. Agora sabemos, temos mais consciência, agora tudo está
claro. Alegramo-nos por trabalhar na vinha do Senhor, e estamos alegremente
surpresos por encontrarmos tantos outros homens e mulheres que, como nós, se
confiaram ao Nazareno. Sim, nós acreditamos nele, com força, com determinação, com
esforço. E procuramos olhar o mundo e viver nele numa outra perspectiva (mais
ampla, a partir de baixo e da margem, a partir do outro). Alguns dentre nós estamos emgajados em algum serviço
eclesial, modesto ou mais exigente, ou até em algumas responsabilidades de
direção. Mas é exatamente a nós, aqueles/as que assumimos responsabilidades
maiores, que Jesus recorda uma verdade desconcertante: é ele que age, não nós!
O mundo já está salvo, não devemos salvá-lo nós! Por isso somos servos inúteis,
alegremente inúteis. Por isso, verdadeiros, livres. Não temos que mostrar ou
provar nada a ninguém. Temos apenas que ser transparentes, para que, através
dos nossos gestos, os outros reconheçam a presença de Deus. (Paolo Curtaz, Parola
& Preghiera, novembro/2013, p. 82)
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