sexta-feira, 15 de setembro de 2023

O Evangelho na vida de cada dia (107)

107 | Ano A | 23ª Semana Comum | Sábado | Lucas 6,43-49

(16/09/2023)

Somente quem tem olhar limpo e coração puro está em condições de ajudar e criticar o próprio irmão. A misericórdia do Pai, que é bondoso tanto para com os bons como para os ingratos é a regra. Nessa perspectiva, Jesus hoje nos oferece critérios para reconhecer o/a discípulo/a autêntico. Não basta reconhecer Jesus como Senhor!

Como a razão de ser da árvore é produzir sombra, flores ou frutos, espera-se que o/a discípulo/a demonstre o que é naquilo que faz, nas relações que estabelece com pessoas e coisas. E este fruto não é apenas uma canção, uma oração, uma invocação, um ato de piedade. Como vimos ontem, é ser misericordioso/a como Deus o é conosco.

É pelos frutos que produzimos em nossas relações que revelamos em quem acreditamos e demonstramos a qualidade da árvore que somos. Não podemos esperar coisa boa de gente que se orienta pelo ódio ou pela indiferença, que se manifesta pela eliminação daqueles que julga errados ou incômodos, mas gosta de publicar frases e imagens de piedade e de pessoa devota.

As relações são exteriores, mas revelam as decisões interiores, os valores que nos orientam e nos são preciosos. Se nossa consciência é bem formada, se assumimos a escala de valores do Evangelho, se pautamos nossas ações pela prática e pelo ensino de Jesus, sempre tiraremos desse tesouro decisões boas e construtivas. Não há como tirar ódio e defesa do porte de armas

O que se espera de nós, cristãos, é coerência entre a fé que professamos e aquilo que praticamos: seguir Jesus implica em levar a sério sua palavra e colocá-la em prática em todas as dimensões da vida. Caso contrário, seremos como as belas mansões construídas sem alicerce, sobre a terra: não resiste diante da menor prova ou força contrária; ou como as belas sepulturas que escondem carne em decomposição.

Que a incoerência e a superficialidade não façam de nós videiras estéreis ou que produzem frutos venenosos. Que Deus nos livre de sermos como aquelas casas que, de bonito e bom, só têm a fachada.

 

Meditação:

§  Retome cada palavra e cada comparação usada por Jesus e deixe que ressoem em sua vida

§  Em que medida a fé que você demonstra em nossa família e comunidade carecem de coerência?

§  Quais são os frutos bons que a escuta e meditação da Palavra e o cultivo da fé em Jesus tem produzido em você, sua família e sua comunidade?

§  Você não acha que corremos o risco de inflacionar novenas, adorações e ritos, mas deixamos anêmica nossa ação e nossos compromissos?

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