O que a vida e a pregação de Pedro nos ensinam sobre Jesus? | 631 | 22.02.2025
| Mateus 16,13-19
O livro dos Atos
dos Apóstolos nos lembra que Pedro, nosso ‘primeiro Papa’, foi presidiário! As
chaves prometidas por Jesus Cristo não serviram para abrir as algemas e a porta
da prisão! Depois de ter sido um fariseu zeloso e violento, e depois de ter acumulado
muitos méritos e honras por causa disso, Paulo foi conquistado por Jesus Cristo
e, como muitos outros da sua geração, foi denunciado, perseguido, encarcerado e
finalmente executado. Ele assimilou o que Jesus dissera ao enviar os Doze: “Não
tenham medo de nada!”
Pedro e Paulo eram membros de
comunidades cristãs, e o vínculo entre a comunidade e seus líderes presos se
mostra de um modo comovente no relato dos Atos dos Apóstolos. “Enquanto Pedro
era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente por ele”. Quando Pedro e
João haviam sido liberados da prisão, a comunidade pedia em oração: “Agora,
Senhor, olha as ameaças que fazem, e concede que teus servos anunciem
corajosamente a tua Palavra” (At 4,29). Diante da perseguição, as comunidades
pedem coragem, e não tranquilidade.
Jesus faz uma pergunta decisiva
aos discípulos: “Quem sou eu para vocês?” Esta é a primeira vez que um
discípulo o reconhece e proclama Messias. Porém, mesmo sem rejeitar a confissão
de Pedro e dos demais discípulos, Jesus prefere falar de si mesmo como Filho do
Homem, e não como Filho de Deus (cf. Mt 11,19; 12,8; 12,32), acentuando assim
seus vínculos com a humanidade.
Isso significa que somente quem
está aberto e sintonizado com a lógica e a vontade de Deus pode reconhecer a
presença de Deus nas ações e palavras deste filho da humanidade e irmão de
todos os seres humanos. Esta é a base sólida sobre a qual Jesus Cristo constrói
a comunidade cristã, literalmente, a assembleia dos chamados, e contra a qual
nada prevalece.
Crer,
confiar, partilhar e anunciar: estes são os verbos essenciais da gramática
vital dos cristãos. Só chega à meta da caminhada de discípulo missionário quem
conjuga estes verbos em todos os tempos, modos e pessoas. É nesta perspectiva
que, escrevendo a Timóteo na cela da prisão, Paulo faz um balanço de sua vida e
suas palavras são eloquentes e comoventes: “Chegou o tempo da minha partida.
Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”
Meditação:
§ Procure
afastar-se das respostas aprendidas, e responda à pergunta de Jesus,
descrevendo o lugar que ele ocupa na sua vida, e como ele influi nas suas
relações, ações e opções
§ Recorde
as consequências que esta resposta de Pedro tem na vida dele, de Paulo e dos
discípulos que vieram depois deles
§ Deixe
ressoar em você a palavra de Jesus: “Feliz és tu, porque não foi um ser humano
que te revelou isso, mas o meu Pai!”
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