Dia 04
de setembro | Sexta-feira | 22ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (5,33-39)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um
exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus.
Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos que
propomos são aqueles indicados pela
Igreja para a liturgia diária. O grupos organizados podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis, produza
bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze,
ouvindo ou cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu
caminho, Senhor, tua Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 5,33-39
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Por causa da persuasão da Palavra de
Jesus, Pedro avança para águas mais profundas e, com seus companheiros, aceitou
o desafio de “pescar diferente”
· Jesus prosseguiu seu ministério da
compaixão restauradora, curando leprosos e paralíticos, aproximando-se de
pecadores
· Jesus vai mostrando uma novidade e uma
liberdade que escandaliza os setores religiosos mais conservadores
· Mesmo sem desprezar a prática do
jejum, Jesus insiste na alegria que a irrupção do Reino de Deus proporciona
· Perceber essa novidade e aderir a ela
às vezes se torna difícil, mas não é possível ficar remendando e ajeitando
· Feche
a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em
si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome pacientemente o episódio, começando
pelo chamado de Levi e pela festa na casa dele (v. 27-32)
· Perceba o escândalo e o desconcerto
dos fariseus da troca da austeridade e do jejum pela confraternização à mesa
· Deixe-se levar e inspirar pelas três
comparações do Reino de Deus: o remendo novo em roupa velha, o vinho novo em
pipas antigas e a alegre festa da Aliança (noivo)
· Você percebe em você, sua família e na
Igreja, sinais da tentação de usar o Evangelho e a vida de Jesus para remendar
práticas que nada tem a ver com eles?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Repita as palavras de Jesus: “Vinho
novo deve ser colocado em odres novos!” e peça a graça de não estragar ou
desprezar a novidade que ele nos propõe
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Evangelho de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e cante canção de São Francisco: Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“No Mistério Pascal, realizam-se as palavras da Escritura,
isto é, esta morte realizada “segundo
as Escrituras” é um acontecimento que contém em si mesmo um logos, uma lógica: a morte de Cristo testemunha que a Palavra
de Deus Se fez totalmente carne, história humana” (Bento XVI, Verbum
Domini, 13).
PARA COMPLETAR A REFLEXÃO
Depois da pesca frutuosa e do chamado dirigido a
Pedro e seus companheiros de trabalho, Jesus cura um leproso (v. 12-16) e um
paralítico (v. 17-26), chama Mateus a segui-lo e vai à casa dele se
confraternizar com outros cobradores de impostos e pecadores (v. 27-32). Isso
provoca desconforto nos fariseus, que começam questionar as práticas religiosas
de Jesus e seus discípulos.
Ao interpelar Jesus a respeito do comportamento dos
seus discípulos, os fariseus querem atingir Jesus. O ponto de discordância é o
jejum, amplamente praticado pelos fariseus e também por João Batista e seus
seguidores. Jesus e seus discípulos fazem pouco caso do jejum e da austeridade
e priorizam a festa e a confraternização. Levi se converteu ao Evangelho de
Jesus e, ao invés de fazer jejum, organizou uma festa!
Jesus não despreza o jejum, mas justifica a alegria
e a esperança festiva que nasce da chegada do Reino de Deus. E faz isso
recorrendo a duas sentenças ou parábolas que contrapõem uma realidade velha e
uma novidade. A palavra “novo” aparece quatro vezes, e se refere ao Reino de
Deus, à nova Aliança assinada por Jesus. Nesta aliança-casamento Jesus é o
noivo da humanidade, e o vinho e o vestido apontam para a festa e a alegria.
Quem entra na lógica do Reino de Deus assume um
estilo de vida divergente a alternativo: a purificação é interior, e não
exterior. Para alguns, a abertura à novidade do Reino de Deus apresentado por
Jesus é difícil, e eles preferem remendos numa roupa velha ou o vinho velho, ao
qual já se habituaram.
Os/as discípulos/as de Jesus são convidados/as e
perceber e viver essa novidade, deixando de lado “velhas lições” e “velhos
hábitos” rigorosos, que levam a formar guetos de pessoas que se consideram
perfeitas e superioras.
(Itacir Brassiani msf)
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