Dia 06
de setembro | Domingo | 23ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (18,15-20)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um
exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus.
Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos que
propomos são aqueles indicados pela
Igreja para a liturgia diária. O grupos organizados podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis, produza
bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze,
ouvindo ou cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu
caminho, Senhor, tua Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2PSKzCMtfOU)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 18,15-20
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Depois de ensinar que que Deus é como
o pastor que busca incansável a ovelha amada, Jesus fala da correção fraterna
· Ele sabe que a comunidade de
discípulos/as é feita de pessoas limitadas e falíveis, e não esconde isso
· A comunidade perfeita não é aquela que
não tem dificuldades, mas aquela que as enfrenta de modo fraterno e evangélico
· Nesta lição, Jesus nos propõe uma
pedagogia da correção fraterna, em quatro passos
· Feche
a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em
si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome esta lição de Jesus, passo a
passo, frase por frase
· Se possível, leia também os versículos
anteriores (v. 1-14)
· Como você, sua família e sua
comunidade enfrentam os conflitos e tensões de relacionamento e convivência?
· Por que é sempre mais fácil queixar-se
das pessoas que nos ofendem ou prejudicam a terceiros, evitando falar com elas?
· Reflita sobre o que significa, na
perspectiva de Jesus, tratar os/as ofensores/as como gentios ou cobradores de
impostos?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Apresente-se a Jesus, como parte de
sua Igreja, santa e pecadora, como pecador/a que precisa dar e pedir perdão
· Rememore o nome e o rosto das pessoas
que lhe causaram danos ou feridas, peça a graça de desculpá-las e reze por elas
· Identifique as pessoas a quem você ofendeu,
mesmo sem intenção, e procure elas para pedir desculpas e perdão
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Evangelho de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e cante o mantra: Onde reina amor, fraterno amor; onde reina amor, Deus aí está! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=UpmnLAfCO0o)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A Igreja deve fazer um esforço para mostrar a Palavra de Deus como
abertura aos problemas, como resposta às perguntas, como dilatação dos valores
e, ao mesmo tempo, como satisfação das aspirações da humanidade. Deve mostrar
claramente como Deus ouve a necessidade do homem e o seu apelo” (Bento XVI,
Verbum Domini, 23).
LEITURA
COMPLEMENTAR
Os
versículos lidos nesta liturgia apresentam uma questão bem concreta: O que fazer quando acontecerem ofensas
pessoais entre os irmãos? O caminho que Jesus propõe não é apenas
de correção, mas
também de reconciliação. Por
isso, são vários os passos e as estratégias pastorais.
A primeira atitude a ser tomada é
uma conversa privada, cuja
iniciativa é da pessoa ofendida: se teu irmão pecar contra ti. Neste caso, a
ação de quem sofreu a ofensa é a mesma do pastor, descrita imediatamente antes,
nos vv. 10-14: procurar a ovelha que se havia perdido.
A segunda atitude é apresentada é
que a parte interessada na reconciliação e na recuperação deve envolver outros irmãos no processo:
se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, conforme Dt 19,15: “Uma só
testemunha não basta. A acusação só é válida quando for feita por duas ou três
testemunhas”.
Se
isso também não surtir efeito, o passo
seguinte é comunicar à
Igreja. Mas pode acontecer que o irmão corrigido prefira continuar no
erro. Então, o último passo parece
radical: “se também não quiser escutar a Igreja, trate-o como o pagão e o
coletor de impostos”.
Normalmente,
esta palavra é lida como excomunhão: Jesus estaria dizendo que é para expulsar
da comunidade o irmão pecador teimoso. Mesmo que fosse isso, não se deve
confundir a expulsão da comunidade com o conceito atual de excomunhão, uma
punição extrema na Igreja Católica.
Tratar
como pagão e coletor de impostos não significa bani-lo da comunidade, mas considera-lo
como alguém que necessita de uma atenção redobrada, que ainda não pertence a
comunidade e que exigirá paciência. Não se trata, portanto, de excomunhão, mas de
missão: a Igreja deve se empenhar para recuperar e formar aquele irmão.
(Equipe de professores da ESTEF)
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