Dia 17
de setembro | Quinta-feira | 24ª Semana Comum
Evangelho
segundo Lucas (7,36-50)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir
juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar nossa surdez àquilo que não está de
acordo com nossas opiniões ou preconceitos, escutar e estudar em comunhão com
os demais fiéis, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum
Domini, 46).
Em tempos
de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo
de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Mãe do céu morena (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ji_XM9NrC4U)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 7,36-50
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Vimos ontem que, para Jesus, os
fariseus são como crianças que nunca estão satisfeitas, e querem sempre o
contrário
· Hoje, Jesus nos mostra que é esse
fechamento, esse sentimento de perfeição e superioridade, que os mantém no
pecado
· A mulher considerada pecadora sim é
“filha da sabedoria”, e reconhece Jesus como expressão de um Deus
misericordioso
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome, em todos os delicados detalhes
e nuances, a cena que se desenvolve na casa do fariseu Simão
· Visualize as reações dos diferentes
sujeitos, entre na parábola de Jesus, e deixe-se ensinar por seu gesto e sua
palavra
· Você se reconhece serenamente como
pecador/a perdoado/a, como profundamente amado/a por Deus, se relaciona com as
pessoas sem preconceitos, e é capaz de mostrar gratidão?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Reze com a ajuda do belo cântico:
“Como a pecadora caída, derramo aos teus pés minha vida... Vê minhas lágrimas,
e salva-me!” (clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=6H6NYum_Zrc)
· Reze com abertura de coração, pedindo a
Jesus que ensine você a reconhecer seus erros, não discriminar e ser
agradecido/a
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que nós e nossa Igreja deve fazer
para fazer o que Jesus fez?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com o refrão: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre
acolhendo Jesus! Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à
cruz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ajpDGExuMN4)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão, para
nos unir no caminho para Deus. Sendo uma Palavra que se dirige a cada um de
nós, é também uma Palavra que constrói comunidade, constrói a Igreja” (Bento XVI, Verbum Domini, 86).
REFLEXÃO
COMPLEMENTAR
No final da parábola que meditamos ontem,
Jesus sentenciava: “A sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.” Os
filhos da sabedoria são as pessoas que entendem Jesus, os pobres e pecadores/as,
e não os mestres da lei ou os fariseus. Isso é reforçado hoje.
Esta obra-prima da arte narrativa apresenta
tons de simpatia e delicadeza. O fariseu Simão recebe Jesus em sua própria casa
e está cercado de gente do seu “clube”. Eis que aparece uma visita embaraçante,
que se dirige a Jesus com um gesto desconcertante.
A cena é esta: uma mulher conhecida como
pecadora entra na sala, se coloca atrás de Jesus, lava seus pés com suas
lágrimas, enxuga-os com seus próprios cabelos, beija-os e unge-os com o
perfume. Jesus não faz caso, e até aprova o gesto da mulher, mas Simão abre a
boca contra Jesus: que tipo de profeta é esse, que aceita coisas desse tipo?
Jesus não se preocupa com a mulher, mas com
Simão e seus colegas. Enquanto eles consideram o gesto da mulher inoportuno e
ambíguo, Jesus o vê positivamente, como reconhecimento da misericórdia que Deus
vem manifestando nas ações de Jesus. É um gesto de amor agradecido. Ela diz
tudo sem palavras.
O pensamento crítico de Simão é próprio de
quem esquece ou esconde que é pecador, e revela que seu conceito de profecia é
diferente do de Jesus. Para Jesus, o gesto da mulher não tem nada de ambíguo,
e, mediante a parábola dos dois devedores perdoados, afirma que quem está em
pecado e não foi perdoado é o próprio fariseu. Ele é muito religioso, mas é
muito mais ainda preconceituoso.
Simão não reconhece sua condição de pecador e,
com isso, se fecha ao perdão e à gratidão. E a mulher, porque perdoada,
expressa sua confiança e gratidão a Jesus.
(Itacir Brassiani msf)
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