a 10
de setembro | Quinta-feira | 23ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (6,27-38)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um
exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus.
Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos que
propomos são aqueles indicados pela
Igreja para a liturgia diária. O grupos organizados podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis, produza
bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze,
ouvindo ou cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu
caminho, Senhor, tua Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 6,27-38
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Depois de proclamar aos discípulos/as
as bem-aventuranças e dos “ais”, Jesus dá uma série de exemplos de como dar
corpo e concretude a uma comunidade alternativa
· Quem quer seguir Jesus, deve estar
disposto/a a tê-lo como seu modelo e guia, viver no seu espírito, participar da
sua missão
· Isso não depende apenas da vontade e
do pensamento, mas da abertura ao seu Espírito, que leva a recriar na vida e
nas relações a misericórdia do Pai
· A regra de ouro é “primeirear! (Papa
Francisco): sair à frente, fazer aos outros o que gostaríamos que eles fizessem
por nós
· Feche
a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em
si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome cada afirmação ou prescrição de
Jesus, identificando quem são os seus “inimigos” ou “adversários”
· Você acha isso tudo praticável,
exequível, ou impossível de levar em conta em nossas relações?
· Por onde você poderia começar, hoje,
evitando querer fazer tudo de uma vez e acabando por desanimar?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Peça com confiança e perseverança:
“Jesus, compassivo e misericordioso, torna-me semelhante a ti!”
· Ou reze ou cante: “Dá-me um coração
grande para amar! Dá-me um coração forte para lutar!”
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que podemos fazer para ajudar nossas
comunidades eclesiais e levar a sério esse caminho prescrito por Jesus em
tempos de acirramento da intolerância?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Evangelho de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e cante canção de São Francisco: Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A Palavra divina nos introduz no
diálogo com o Senhor: o Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele.
Ela também desvenda o pecado que habita no nosso coração. A Sagrada Escritura
mostra-nos como o pecado é essencialmente desobediência e consiste em não
escutar” (Bento XVI, Verbum
Domini, 24 e 26).
REFLEXÃO COMPLEMENTAR
O Reino de Deus pede de nós, discípulos/as de
Jesus, grandeza de coração. Precisamos nos espelhar na misericórdia do Pai, que
ama incondicionalmente a todos/as, inclusive as pessoas ingratas ou más. O amor
que se nos pede é mais que estratégia, oportunismo, boa educação ou boas
maneiras. As exigências de Jesus são altas, não é possível ser mesquinho/a.
Jesus é direto: “A vós que me escutais, eu digo...”
Ele fala conosco, que dedicamos um mês especial à Palavra de Deus. Ele sublinha
que relações de amor recíproco são insuficientes. O amor aos iguais, às pessoas
boas e agradecidas, é pouco, e não foge das correntes do egoísmo de grupo e do
paganismo. Deus não nos trata assim! Ele age de acordo com o que precisamos, e
não o que merecemos!
Jesus fala de amor aos inimigos, àqueles que,
conforme o evangelho de ontem, nos odeiam, excluem, insultam e amaldiçoam. E
exemplifica: fazer o bem a quem nos odeia; abençoar os que nos amaldiçoam;
rezar por aqueles que nos caluniam; oferecer a outra face a quem nos bate; dar
também a túnica a quem nos penhora o manto.
Jesus está longe de pedir que sejamos passivos,
submissos ou ingênuos. Ele pede apenas que sejamos como ele, e como o Pai dele
e nosso, que “é bondoso também para com os ingratos e maus”. Espera que, como
ele, não sejamos apenas reagentes ao que sofremos, mas capazes de inovar, de
mudar, de tomar a iniciativa: “O que desejais que os outros vos façam, fazei-o
também vós a eles!”
A misericórdia é a profundidade e a generosidade de
Deus, e também a balança na qual nossa fé, nossa esperança e nossa caridade
serão medidos. A medida de Jesus e do Pai deve ser a nossa medida. É assim que
brilhará em nosso rosto e em tudo o que fazemos e somos o rosto do Pai, que
demonstraremos que somos filhos/as do Pai.
(Itacir Brassiani msf)
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