Dia 30
de setembro | Quarta-feira | 26ª Semana Comum
Evangelho segundo Lucas (9,57-62)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de
Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar
a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo
que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições à convivência e
à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples
assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo
pesado e estéril.
Os textos propostos são aqueles
indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: É como a chuva que lava, é como o fogo que
abrasa: tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal... (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rVhD1ndBNbw)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 9,57-62
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Jesus está caminhando decididamente
rumo a Jerusalém, e enfrenta hostilidades de vários grupos, até dos samaritanos
· Os discípulos/as que o acompanham e
decidiram compartilhar o sonho do Reino de Deus vão percebendo na pele as
dificuldades
· Respondendo aos três casos de
“discípulos condicionais”, Jesus explicita uma espécie de “estatuto” do/a
discípulo/a maduro/a
· As exigências de Jesus não vem da
relação com uma instituição, com uma moral ou com uma religião, mas com ele
mesmo e com a novidade do Reino de Deus
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Que tipo de vínculos, apegos e medos
limitam sua entrega incondicional à vida nova inaugurada por Jesus e o Reino?
· O que Jesus diria respondendo às suas
objeções e justificativas?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que iniciativas e passos você poderia
dar para se tornar um/a discípulo/a cada vez mais maduro e generoso de Jesus?
· O que poderíamos fazer para que nossas
comunidades não tenham tantos fiéis que se contentam em ser cumpridores de
preceitos e não querem romper com valores e velhas práticas que mais escondem
que testemunham o Reino de Deus?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Eu acredito que o mundo será melhor quando o
menor que padece acreditar no menor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=1rhGICFfgsg)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A Palavra de Deus impele a pessoa a
relações animadas pela retidão e pela justiça, confirma o valor precioso aos
olhos de Deus de todas as fadigas do homem para tornar o mundo mais justo e
mais habitável. A própria Palavra de Deus denuncia, sem ambiguidade, as
injustiças e promove a solidariedade e a igualdade” (Bento XVI, Verbum Domini, 100).
ELEMENTOS
COMPLEMENTARES
Em pleno caminho rumo a Jerusalém, onde se daria um confronto
duro e decisivo com as autoridades religiosas, Jesus e seus discípulos não
foram acolhidos pelos cidadãos de um vilarejo da Samaria (cf. 9,51-56).
Chateados, os discípulos pensaram em retaliação, mas Jesus simplesmente procura
outro povoado. Eles vão percebendo as consequências de seguir alguém como
Jesus.
Neste contexto, o evangelista apresenta três situações típicas
de pessoas candidatas ao seguimento de Jesus, três experiências de encontro com
ele. Um/a discípulo/a deve saber que seguir um mestre significa compartilhar
com ele estilo de vida, sonho e destino. E Jesus é figura do profeta incômodo,
e vive uma vida de refugiado, itinerante, sem alianças que possam-no proteger.
O primeiro exemplo típico mostra uma pessoa que parece ter
tomado a decisão de seguir Jesus sem avaliar e sem pensar muito nas
consequências. Jesus lembra que esta disponibilidade supõe plena consciência e
compromisso de partilhar o destino de uma pessoa perseguida, sem nenhuma
proteção ou promessa de comodidade ou sucesso.
O segundo exemplo apresenta um discípulo que, tendo sido
chamado, não percebe a urgência de ruptura e entrega imediata, e quer adiar a
resposta para quando tiver cumprido suas obrigações familiares. No terceiro,
temos um discípulo que parece ceder à nostalgia, à dúvida e à incerteza. Quem
quer ser discípulo/a de Jesus precisa morar o futuro, não o passado; buscar a novidade,
não o que sempre foi; olhar para a frente, não para trás.
Nas condições interpostas por Jesus temos o
estatuto do/a discípulo/a consciente e maduro/a. Tendo descoberto o tesouro do
Reino de Deus, deixa tudo para viver novas relações e anunciar essa boa
notícia.
(Itacir Brassiani msf)
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