Dia 25
de setembro | Sexta-feira | 25ª Semana Comum
Evangelho segundo Lucas (9,18-22)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de
Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar
a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo
que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições à convivência e
à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples
assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo
pesado e estéril.
Os textos propostos são aqueles
indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou
é fiel, é fiel; fiel é aquele que vos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SU8-WSS31HM)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 9,18-22
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· A vida e a missão de Jesus tem
conotações claramente proféticas, mas ele é maior que qualquer modelo profético
que o antecedeu
· Para conhecer Jesus não basta ler sua
biografia, ler os evangelhos ou ser batizado; é preciso ter uma reta motivação,
que não pode ser apenas ver milagres
· Mesmo tendo encontrado pessoalmente a
Jesus, Herodes não o conheceu verdadeiramente, pois continuou violento e
assassino
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome a cena e as orientações de
Jesus no evangelho de hoje
· Deixe-se surpreender pelo encontro
vivo com Jesus e com seu Evangelho (seu exercício diário de Leitura Orante!)
abandonando a busca de eventos grandiosos e miraculosos
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Contemple a compaixão e a presença
ativa de Jesus junto do povo, inclusive na perseguição e na morte na cruz
· Dialogue com Jesus, balbuciando e
esboçando sua resposta pessoal e existencial à pergunta que ele lhe dirige
· Tente resumir isso numa frase para
anunciar como boa notícia e testemunho às pessoas que você encontrar no dia de
hoje
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Há algo a mudar na sua ideia sobre
Jesus, na imagem que você tem dele, naquilo que você diz sobre ele às pessoas?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com: jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus
seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“O Verbo de
Deus comunicou-nos a vida divina que transfigura a face da terra, fazendo novas
todas as coisas. A sua Palavra envolve-nos não só como destinatários da revelação divina, mas também como seus arautos” (Bento XVI, Verbum Domini, 91)
REFLEXÃO COMPLEMENTAR
Ontem meditamos sobre o trecho no qual o
evangelista nos apresentou as perguntas e hipóteses que Herodes levantava sobre
a identidade e a missão de Jesus. Perseguido pelo medo de enfrentar um
concorrente e de represália por ter assassinado João Batista, ele desejava ver
Jesus por pura curiosidade, sem nenhuma vontade de levá-lo a sério.
Depois da multiplicação dos pães para os famintos,
o próprio Jesus dá voz à pergunta sobre quem ele é, pedindo que seus discípulos
o coloquem a par das opiniões que circulam entre o povo. De novo, as opiniões
convergem para sua identidade profética, ou melhor, para a ideia de que ele é
algum profeta importante que voltou à vida.
Jesus espera dos seus discípulos uma resposta nova,
pessoal. Tomando a palavra em nome dos demais, Pedro embarca na ideia de que a
chegada do messias esperado seria precedida pelo retorno do profeta Elias e
declara que Jesus é o messias/ungido de Deus. Jesus proíbe que isso seja
anunciado ao povo, pois sente necessidade de corrigir e esclarecer o que isso
significa.
Para evitar mal-entendidos, Jesus nunca fala de si
mesmo como “Messias”, mas prefere autodenominar-se “Filho do Homem”. Com isso,
sublinha várias coisas: sua consciência da necessidade de enfrentar a violência
e passar pela cruz; que a fidelidade e a coerência com a vontade do Pai
desembocaria na perseguição; que isso tudo faz parte do plano de Deus, mas não
é uma espécie de suicídio premeditado; que Deus mostra sua força na
fragilidade, na pobreza e no despojamento.
Para Jesus, a vontade do Pai é soberana, e não
passa necessariamente pela religião e seus agentes, tanto que faz questão de
ressaltar que é nas mãos deles que irá sofrer. Isso pede uma revisão da nossa
ideia de Deus...
(Itacir
Brassiani msf)
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