Dia 23
de setembro | Quarta-feira | 25ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (9,1-6)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de
Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar
a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo
que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições à convivência e
à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples
assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo
pesado e estéril.
Os textos propostos são aqueles
indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou
é fiel, é fiel; fiel é aquele que vos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SU8-WSS31HM)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 9,1-6
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Depois de dedicar algum tempo à
formação prática e espiritual daqueles que havia chamado, estando prestes a
iniciar sua peregrinação a Jerusalém, Jesus envia à sua frente os apóstolos
· A missão é de Jesus, iniciativa dele,
e seus enviados participam dela fazendo, a seu modo, o que Jesus fazia
· O despojamento radical é um caminho
para a dedicação livre e confiante à missão, contando com a hospitalidade
· Mas que promover cultos, ensinar
doutrinas ou criticar costumes, os missionários está a serviço da Boa Notícia
de Deus
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome a cena e as orientações de
Jesus no evangelho de hoje
· Coloque sua experiência de vida
eclesial e social, aquilo que você faz, sob a luz desse envio de Jesus
· Em que tem consistido sua prática
missionária? Qual é o conteúdo e quais são os gestos? Eles traduzem uma boa
notícia aos pobres e sofredores?
· Como está sua confiança na hospitalidade
daqueles/as a quem você é enviado em missão?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Acolha de forma serena, profunda e
agradecida a palavra de Jesus, que nos chama, educa, envia e sustenta na missão
· Recordo o nome de missionários/as que
enfrentam dificuldades de várias ordens e reze por eles/as
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como poderíamos aproveitar este resto
do mês de setembro para melhorar nossa escuta, estudo e prática da Palavra de
Deus na família e na comunidade?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com: Ide por todo o universo, meu Reino anunciai! Dizei a todos os povos: eu
vim pra salvar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SU8-WSS31HM)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
REFLEXÃO COMPLEMENTAR
Hoje somos convidados/as a meditar o episódio do
envio missionário do “grupo dos doze”. Estamos diante de uma nomeação solene,
onde cada nome é citado com ênfase. Isso acontece pouco antes de Jesus iniciar
sua peregrinação a Jerusalém, e sabemos que, entre o chamado (cf. 5,1-12) e o
envio dos discípulos, Jesus se dedica à formação deles.
Lucas nos oferece uma espécie de “estatuto da
missão” e descreve o estilo de vida dos seus enviados. O foco da missão é
claramente o anúncio do Reino de Deus, mostrando através de ações e sinais que
Deus chega para libertar de todas as escravidões. Jesus envia para fazer o
mesmo que ele faz, e é ele o responsável por essa iniciativa.
Quanto ao estilo de vida dos missionários/as, Jesus
enfatiza alguns poucos elementos: ir a todo canto ou periferia; não levar nada
de apoio ostensivo e confiar na hospitalidade dos interlocutores; não esperar
sucesso ou reconhecimento; contar com a incompreensão e a rejeição; manter-se
desapegado de tudo e livre.
Sem prometer facilidades nem prosperidade a quem é
enviado/a em seu nome, Jesus assegura, entretanto, a mesma força e dinamismo
que o sustenta: poder e autoridade. Mas se trata de força e autoridade que
brota da fidelidade e da coerência de vida, e tem como finalidade anunciar o
Reino de Deus, acolher, curar e libertar com eficácia, como ele faz. Não se
trata de poder ou autoridade para mandar ou dominar ninguém!
O despojamento que Jesus pede dos seus enviados/as
não significa desprezo pelos bens materiais, mas foco no anúncio e no
testemunho do reino de Deus. E ele deixa claro também que não envia para
multiplicar louvores e invocações, nem para ensinar doutrinas e impor uma certa
moral, mas para anunciar o Reino de Deus e libertar.
(Itacir
Brassiani msf)
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