Dia 28
de setembro | Segunda-feira | 26ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (9,46-50)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de
Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar
a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo
que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições à convivência e
à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples
assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo
pesado e estéril.
Os textos propostos são aqueles
indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher
apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: É como a chuva que lava, é como o fogo que
abrasa: tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal... (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rVhD1ndBNbw)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 9,46-50
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Jesus está dedicado a um intenso e
difícil processo de formação dos seus discípulos/as, que tem dificuldades de entender
e aderir ao seu caminho de despojamento e compaixão
· Enquanto Jesus fala de despojamento,
os discípulos aspiram e competem pelos primeiros lugares e, ao mesmo tempo, se
entendem os únicos e legítimos enviados de Jesus
· Jesus trata criticamente desse
interesse, respondendo com um gesto e com algumas afirmações de valor
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Como você se sente e que desejos movem
você na atuação como liderança da comunidade eclesial?
· Como você vê, trata e fala dos
cristãos que pertencem a outras igrejas e pregam e agem em nome de Jesus e seu
Evangelho?
· Qual o sentido das afirmações “aquele
que entre vocês é o menor, este é o maior” e “quem não está contra vocês, está
a favor” para o tempo que vivemos?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Reze com o Salmo 131: “Senhor, o meu coração não se elevou nem os meus
olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito
elevadas para mim. Tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua
mãe; a minha alma está como uma criança desmamada...”
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Eu acredito que o mundo será melhor quando o
menor que padece acreditar no menor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=1rhGICFfgsg)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“O anúncio da Palavra tem como conteúdo o Reino de Deus, que é a própria pessoa de Jesus. Não se
trata de anunciar uma palavra anestesiante, mas desinstaladora, que chama à
conversão, que torna possível o encontro com Ele, através do qual floresce uma
humanidade nova” (Bento XVI,
Verbum Domini, 93).
ELEMENTOS
COMPLEMENTARES
Os discípulos amarguram uma terrível dificuldade de entender e
aceitar o caminho de despojamento e compaixão pelo qual Jesus vai realizar sua
missão. Enquanto Jesus sublinha essa “opção não opcional” e se empenha em
corrigir as posturas equivocadas dos discípulos, estes gastam energias
discutindo quem deles é o maior.
Isso está estampado na cara deles, e Jesus não precisa que
ninguém o informe sobre isso. Para Jesus, o bom, o melhor entre os humanos é o
que se faz igual a todos. Para ele, todas as pessoas tem dignidade e são
acolhidas por Deus, inclusive prostitutas e outras pessoas tratadas
publicamente como pecadoras. Se é assim, não há motivo para competições e
ciúmes destruidores.
Jesus oferece esta importante lição a seus discípulos/as recorrendo
a duas linguagens: um gesto e uma afirmação fundamental. Primeiro, chama uma
criança para junto de si (lugar cobiçado por aqueles que se consideravam mais
importantes). Depois, declara que ele mesmo é igual a esta criança desprezada,
e quem faz algo de bom a ela, o faz a Jesus, pois o menor é que deve vir
primeiro lugar. Grandes são os pequenos, e aqueles/as que os acolhem.
Até aqui, Jesus está tratando das relações internas da
comunidade, pedindo que se tratem como Jesus os trata. Mas, em seguida, passa à
relação entre aqueles que o seguem e fazem parte do grupo definido de
discípulos/as e outras pessoas que o seguem de modo diferente, mas prolongam a
compaixão que ele praticou e pediu.
Os discípulos, com João à frente, querem proibir que pessoas que
não estão com eles façam o bem em nome de Jesus. Pensam que somente eles podem
agir em nome de Jesus. Mas Jesus não pensa assim, e diz um “Não!” claro e contundente
à tentação do elitismo e da competição.
(Itacir Brassiani msf)
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