Dia 15
de setembro | Terça-feira | Nossa Senhora das Dores
Evangelho
segundo Lucas (2,33-35)
A Leitura
Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida
cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família,
em grupo ou em comunidade.
“Ouvir
juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar nossa surdez àquilo que não está de
acordo com nossas opiniões ou preconceitos, escutar e estudar em comunhão com
os demais fiéis, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum
Domini, 46).
Em tempos
de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo
de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar
que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Mãe do céu morena (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ji_XM9NrC4U)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 2,33-35
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Releia
o texto uma ou mais vezes (se necessário)
· Maria encontrou graça aos olhos de
Deus, e se alegrou com a bondade e compaixão de Deus que seu filho manifestaria
· As dores de Maria são as dores de quem
ama e segue Jesus que, sendo seu filho, é também seu mestre
· Por suas dores, Maria vive a comunhão
solidária com todos os aflitos que padecem junto à cruz
· Como estrela da evangelização, Maria
sofre também nas dores dos discípulos/as missionários/as de todos os tempos
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Retome cada palavra, imagem ou expressão
usadas por Simeão na sua bela e exigente profecia sobre Jesus, Maria e José
· O que significa celebrar Nossa Senhora
das Dores no contexto de medo, angústia, distanciamento, incertezas, dor e luto
por causa da pandemia e da crise social que ela deflagrou?
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Contemple as sete dores que a tradição
identifica em Maria, e procure visualizar as novas dores que nosso tempo
acrescenta às dores clássicas e antigas
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que poderíamos fazer para não
reduzir a devoção a Nossa Senhora das Dores a uma questão intimista e
individualista?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com o refrão: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre
acolhendo Jesus! Imaculada, Maria do povo, mãe dos aflitos que estão junto à
cruz! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ajpDGExuMN4)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Desejo chamar a atenção para a familiaridade de Maria com a Palavra de
Deus. Ela Se identifica com a Palavra, e
nela entra. Ela Se sente verdadeiramente em casa na Palavra de Deus, dela
sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus” (Bento XVI, Verbum Domini, 28).
REFLEXÃO
COMPLEMENTAR
Ao que parece, a devoção e a festa de Nossa
Senhora das Dores remonta ao século XV, e tem origem na cidade de Colônia
(Alemanha). As dores de Maria seriam sete: a profecia de Simeão a respeito dela
e de Jesus; o exílio no Egito, com José e Jesus; e perda de Jesus no templo; o
encontro com Jesus no caminho da cruz; a crucificação de Jesus; a morte de
Jesus; o sepultamento de Jesus.
No encontro do velho Simeão com o casal José e
Maria e o filho recém-nascido resplandece uma convicção: a bondade e a
misericórdia de Deus brilha no mundo para todos os povos, sem nenhuma exclusão.
Jesus e a salvação de Deus não pertencem exclusivamente ao povo de Israel. E
essa é uma boa notícia que permite que Simeão parta em paz.
Mas, como luz que brilha para as nações, Jesus
acaba também definindo a sorte de todas as pessoas que o encontram: ele provoca
discernimento, evidencia as ambiguidades, torna-se fator de contradição. Diante
dele e por ele, uns caem, outros se levantam; uns são rebaixados, outros são
elevados. A luz sempre mostra tanto o que há de belo como o que há de feio.
Esta profecia de Simeão sobre Jesus
recém-nascido causa admiração em José e Maria, que são abençoados por ele.
Simeão bendiz os pais de Jesus, e não a Deus! Mas, dirigindo-se a Maria,
adverte que ela sofrerá com o filho que trouxe no ventre e carrega nos braços.
As dores de Maria não se resumem às dores que
sentiu ao ver o filho pregado na cruz. É também a dor de ver que o filho é um
profeta rejeitado; de ver um povo cansado, abatido, esquecido por seus líderes,
sem rumo; é também a dor que ela compartilha com os/as discípulos/as
missionários humilhados/as e perseguidos/as. E, hoje, também a dor provocada
pelos efeitos da pandemia.
(Itacir
Brassiani msf)
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