sábado, 27 de março de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 340

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 340

Dia 28/03/2021 | Tempo de Quaresma | Domingo de Ramos

Evangelho segundo Marcos (11,1-10)

                                                                          

(1)   Coloque-se em atitude de oração

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando o mantra “Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os teus!” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Durante o longo e demorado c aminho entre a Galileia e Jerusalém, Jesus se dedicara a formar seus discípulos/as e enfrentar os fariseus

·      Parece que eles tinham a cabeça muito dura, e não conseguiram assimilar o essencial do ensino do Mestre

·      Continuavam contaminados pela ideologia do poder e dos privilégios e merecimentos, e não viam nada além disso

·      Se lhes faltava uma lição, essa virá na última semana da vida de Jesus, da sua entrada na capital à sua morte fora dos muros

·      A cena de hoje nos apresenta um Messias totalmente despojado de poder, só aceito a aclamado pela gente da periferia da capital

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Depois de 40 dias de escuta atenta do Evangelho, podemos nos sentir preparados para acompanhar Jesus nos seus últimos dias?

·      Pouco antes de chegar a Jerusalém, o evangelista nos apresenta a figura de um cego que deseja unicamente ver as coisas como são

·      Será que, como os discípulos, não continuamos a ver Jesus como alguém feito à nossa imagem e semelhança, desligado das dores e angústias do povo, preocupado com rezas e cultos, frequentador dos círculos de poder, afeito a milagres...?

·      O que nos diz seu modo de entrar em Jerusalém, sem batedores nem cortejos, sem carreatas e palanques, sem discursos elogiosos?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze a partir das palavras do povo simples acolhendo Jesus

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com a conhecida canção “Um certo dia, à beira mar, apareceu um jovem galileu...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=bB_TnwAv85U)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre Marcos 11,1-10

A entrada de Jesus em Jerusalém não tem nada de triunfal. Vindo da Galileia, Jesus entra na capital montado numa jumenta. Nada de cortejos de honra, de generais cobertos de medalhas e de discursos de acolhida. Ele chega em Jerusalém caminhando à frente de um pequeno grupo de discípulos/as.

O povo da capital não o conhece e tem medo dele. Mas o pessoal que o acompanha desde a Galileia ou que vive na periferia da capital o acolhe como o Messias esperado. “Bendito o que vem em nome do Senhor”! Como o velho Simeão, essa gente reconhece naquele homem o Enviado de Deus.

A pequena multidão de pobres e estropiados aclama o despontar do Reino messiânico inspirado em Davi e a chegada do líder enviado por Deus. Mas Jesus não realiza as ações potentes que esta ideologia apregoava. Ele se apresenta como o Servo paciente e ouvinte atento da Palavra. A Palavra de Jesus será apenas o dom solidário de si mesmo na cruz.

Mas estes mesmos discípulos/as que agora o acolhem como o Messias esperado, logo mais tarde eles voltam atrás e o abandonam. Os gritos de ‘hosana’ darão lugar ao insolente e violento pedido ‘crucifica-o’, fruto da frustração das expectativas e da manipulação interesseira das autoridades políticas e religiosas de Jerusalém.

Mas isso não faz Jesus mudar seu rumo. Mesmo enfrentando um discernimento difícil, e pedindo aos discípulos que vigassem com ele. Mas acabou preso, abandonado pelos próprios discípulos, condenado e pregado na cruz. Para os discípulos/as, sua condenação e morte na cruz foi a pedra que irrompeu no meio do caminho.

As autoridades desafiam Jesus a salvar a própria pele, e ele mesmo parece mergulhar num turbilhão escuro “Desde o meio-dia até as três horas da tarde houve escuridão sobre toda a terra”. Mas acaba experimentando a consolação na radicalização do dom de si mesmo. E é da boca de um pagão se ouve a palavra que faz brilhar uma pequena luz na escuridão. “Ele era mesmo Filho de Deus”!

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento da Fraternidade 2021

No tempo de Jesus, a cruz era um instrumento de violência. A pena de morte era a cruz. O Império Romano mantinha uma ordem aparente com práticas violentas. Para manter a falsa paz, utilizavam, por vezes, a religião como instrumento de manutenção da hierarquia social. Em algumas situações, a própria religião dava força ao Império e cooperava com a manutenção do poder romano. Era a forma de manter o controle sobre a vida das pessoas mais pobres que, pela opressão sofrida, eram as que poderiam causar perturbação ao Império”. (Texto-Base, § 57)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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