Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 321
Dia 09/03/2021 | 3ª Semana da Quaresma | Terça-feira
Evangelho segundo Mateus (18,21-35)
(1)
Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
·
Escolha
o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido
·
Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·
Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
·
Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·
Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Recorde
o tema e o apelo da Campanha da
Fraternidade Ecumênica
·
Prepare-se
cantando “Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus!”. (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=ui-q2qnJyac)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 18,21-35
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Jesus havia apresentado aos discípulos uma metodologia
evangélica para corrigir os que se desviavam do caminho
· Intrigado com a necessidade de perdoar, Pedro pergunta
se isso não tem limites, quantas vezes deve perdoar
· Jesus prefere não quantificar, mas pede para que ele
considere a própria condição e a incondicionalidade e a imensidade do perdão
que os/as discípulos/as recebem de Deus por Jesus
· E insiste que compaixão, a acolhida e o perdão
recebidos de forma incondicional e generosa tem consequências na vida do
discípulo/a
· O perdão aos outros é sempre menor que o perdão de
Deus, mas exige obediência e imitação à ordem do “soberano”
· O que este trecho
da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Leia atentamente a descrição desse episódio,
especialmente a parábola com a qual Jesus ilustra seu ensino aos discípulos/as
· Em que exatamente a atitude permanente e fundamental
de Deus Pai se assemelha ao comportamento do rei?
· Por que custa-nos tanto perdoar os/as outros/as? Será
que falta-nos consciência da enormidade dos débitos que nos são perdoados?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Reze repetindo: “Perdoai as nossas ofensas, assim como
nós perdoamos a quem nos tem ofendido!”
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como ajudar nossas famílias e comunidades a viver o
dinamismo do perdão e da reconciliação de modo confiante e permanente?
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração do dia
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!
· Medite e reze com o
Canto
da mulher latino-americana (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=tTCSYtLafek)
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague a vela e
termina seu momento de oração
Algumas
pistas sobre Mateus 18,21-35
Na meditação de ontem aprendemos que Deus não
está sujeito aos interesses e expectativas de pequenos grupos, pois sua lógica
é diferente: ele prioriza as pessoas e grupos sociais mais necessitados, que
não contam e não valem aos olhos de quem controla o poder, aqueles/as que são
“diferentes” e, por isso, menosprezados/as. Cabe-nos fazer nossa essa compaixão
sem fronteiras que Deus nos revela em Jesus.
Hoje, este ensino inserido na quarta “cartilha
de formação dos/as discípulos/as”, Jesus sublinha a necessidade do perdão
recíproco. Depois de ter falado sobre a “pedagogia evangélica” para corrigir
quem vive fora dos parâmetros do Reino de Deus, Jesus é interrogado por Pedro,
e responde com uma parábola e uma declaração muito incisiva.
A atitude do rei é muito problemática, e não
representa propriamente a ação de Deus, a não ser em um único aspecto, que
veremos mais tarde. O rei da parábola é igualzinho aos demais, que age
dominando e oprimindo os mais fracos. A compaixão e o perdão concedido ao
escravo endividado “até o pescoço” não é incondicional nem definitivo, tanto
que foi posteriormente revogado, e o escravo foi impiedosamente torturado.
Nossa atenção deve focar a atitude do escravo.
Este, tendo sido perdoado e reestabelecido,
mostra-se incapaz de fazer o mesmo com seu companheiro, cuja dívida é
infinitamente menor, age com crueldade inesperada e acaba chamando a violência
do rei, momentaneamente esquecida. Esta atitude do escravo perdoado, que mostra
mais autoridade e crueldade que o próprio rei, acaba desvelando sua “fraqueza”,
e é isso que o irrita e faz voltar atrás.
É apenas nisso – na intolerância com a falta
de reconciliação com os iguais – que Deus se assemelha ao rei. Deus é pai, sua
compaixão é eterna e seu perdão é irrevogável, mas “sai do sério” quando seus
filhos e filhas se mostram incapazes de compaixão e perdão. Seu amor
incondicional por nós tem consequências! Numa situação de relações frágeis, o
perdão é absolutamente indispensável.
(Itacir Brassiani msf)
Pensamento da Fraternidade 2021
“Jesus
disse que Reino de Deus está entre nós, ou seja, a vida que se perdia por causa das divisões agora é reconstituída. A
esperança pela nova vida brota inclusive em meio ao caos, porque “amor de Deus
foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm
5,5). Esse amor resiste, transforma,
renova, desacomoda e provoca para que, mesmo nas contradições e nos absurdos,
voltemos a vislumbrar o encontro, a conversa, a comunhão, o sorriso e a
esperança. É um amor que nos provoca a assumir a reconciliação e a paz”. (Texto-Base, § 137)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura
Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar
nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou
em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em
tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições
à convivência e à movimentação social, a Leitura
Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais
e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os
textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária.
Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham
uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos
que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ |
Passo Fundo/RS
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