quinta-feira, 25 de março de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 338

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 338

Dia 26/03/2021 | 5ª Semana da Quaresma | Sexta-feira

Evangelho segundo João (10,31-42)

 

(1)   Coloque-se em atitude de oração                                  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando o mantra “Queremos ver Jesus, caminho, verdade e vida... Queremos ver Jesus!” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=N5TpwDZvMis)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 10,31-42

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Passamos do capítulo 8 ao capítulo 10 de João, marcado pela crítica de Jesus às lideranças oficiais, chamadas de mercenárias

·      Dizendo que ele é a única liderança autêntica e capaz de dar a vida pela vida do seu rebanho, Jesus desperta a ira dos controladores do templo, que o chamam de louco e o acusam de blasfêmia

·      Jesus reivindica um julgamento a partir daquilo que ele faz, e não a partir daquilo que ele diz ou que os outros pensam dele

·      Na verdade, as obras dessa elite denunciam que seus membros são perseguidores violentos e assassinos, e não defensores da lei

·      Por isso, Jesus deixa o templo e o monte Sião, a terra prometida de outrora e que agora estava transformada num novo Egito

·      É fora do templo e da cidade sagrada que ele atrai discípulos, e é fora dos seus muros que ele será crucificado, excluído da cidadania

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Observe o diálogo difícil e tenso entre Jesus, que se mostra em suas ações de compaixão, e a elite religiosa, que o acusa de blasfêmia

·      Releia e perceba o sentido das acusações levantadas contra Jesus e dos argumentos que apresenta para se defender

·      Será que não somos tentados pelo mesmo pecado das elites do templo: dissociar aquilo que proclamamos daquilo que fazemos?

·      Sendo verdade que são nossas ações e relações que revelam nosso valor, o que nossas ações estão revelando de nós e nossa Igreja?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com o refrão: “Se o grão de trigo caindo em terra não morrer ficará só...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sBt4rCqo2Vg)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre João 10,31-42

Estamos no contexto literário do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus nos aplica a si mesmo as sugestivas metáforas da porta e do pastor. Um dos momentos mais provocativos é aquele em que Jesus declara que todos os que vieram antes deles são ladrões, assaltantes ou mercenários, e apenas ele é um pastor bom, o único disposto a dar a vida pelo rebanho. A reação das lideranças foi acusar Jesus de estar completamente louco.

Para Jesus, uma pessoa mostra seu valor nas ações que realiza e nas relações que estabelece. Deus que mostra que é justo e bondoso criando e libertando as pessoas mais vulneráveis. Por isso, Jesus não defende sua missão com testemunhos verbais, mas com o testemunho de suas ações. São elas que mostram que ele é o enviado do Pai, não pelo presumido poder, mas por a intensidade da compaixão.

E quando as lideranças do templo ameaçam apedrejá-lo, Jesus pergunta pelo motivo da rejeição e do ódio. Se ele é o que mostram suas obras, são elas que devem ser louvadas ou reprovadas, e não suas palavras. Por quais das obras que realizou ele merece ser condenado? Mas as elites religiosas fazem questão de divorciar as palavras de Jesus da compaixão que ele demonstra, e querem condená-lo por suas declarações.

Como defensores de uma palavra embalsamada e de uma lei desligada da vida, eles não se interessam pela exploração praticada dentro do templo, desde que os exploradores tenham o nome de Deus em seus lábios. E acabam traindo seu conhecimento e sua fidelidade às escrituras, pois silenciam diante da escritura que declara que todos os que agem de modo semelhante à ação de Deus são deuses (cf. Sl 82).

Como a pessoa é revelada pelas suas obras, apelando à violência e planejando assassinar Jesus, as elites controladores do templo demonstram que são assassinos e perseguidores, e não representam a vontade e a ação de Deus. É por isso que Jesus sai do templo e do território que se tornara lugar de opressão. Lá ele atrai discípulos/as.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Pensamento da Fraternidade 2021

A postura de Jesus nos mostra a possibilidade de novas formas de relações humanas e sociais. Tais relações não são de apego incondicional à Lei, mas de compromisso incondicional ao amor. A Lei, sempre que manipulada para a manutenção de um poder desigual, pode provocar sofrimento e morte. Já o amor nos convoca a assumirmos atitudes de compaixão, empatia e convivência”. (Texto-Base, § 8)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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