quarta-feira, 17 de março de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 330

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 330

Dia 18/03/2021 | 4ª Semana da Quaresma | Quinta-feira

Evangelho segundo João (5,31-47)

 

(1)   Coloque-se em atitude de oração                                                                                

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando o mantra “Onde reina o amor, fraterno amor; onde reina o amor, Deus aí está!” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=UpmnLAfCO0o)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 5,31-47

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Continua o debate suscitado pela ação restauradora de Jesus em favor de um paralítico em dia de sábado

·      Acusado de ser transgressor, Jesus devolve a acusação: as autoridades religiosas não escutam nem obedecem a Deus

·      Defendendo a frieza da lei, eles não conhecem a Deus como pai, nem sua mensagem, que é sempre boa notícia libertadora

·      Por trás está o conflito entre duas imagens de Deus: a de Jesus, que vê Deus como pai, que ama o ser humano e lhe dá vida; a dos dirigentes do judaísmo, que vê Deus como soberano e juiz

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se no coração do debate, suscitado pela ação de compaixão de Jesus em favor de uma pessoa vulnerável e necessitada

·      Você é capaz de reconhecer nas ações de Jesus as provas claras de que ele vem de Deus e realiza a vontade dele? Em quais delas?

·      Como você descreveria a imagem de Deus que você a credita: ele é pai, amante da vida, próximo de nós, compassivo com os fracos?

·      Será que também nós não corremos o risco de colocar nossa vontade e nossos costumes no lugar que cabe à Vontade de Deus?

·      Onde buscamos a confirmação das nossas decisões e ações: no Evangelho e na vida de Jesus, ou no aplauso dos apoiadores?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Peça a Deus a graça de fazer a experiência de ser filho/a dele, e de só nele buscar aprovação para suas decisões e ações

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para não torcer o Evangelho com nossos interesses?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com a canção “Conheço um coração tão manso, humilde e sereno” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MclzuG-rf3Y)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre João 5,31-47

O episódio evangélico de hoje nos apresenta a continuidade do debate de Jesus com as autoridades do judaísmo. A polêmica emergiu depois que Jesus emancipou e libertou um paralítico, símbolo de uma multidão de excluídos, sem pedir licença a ninguém e desobedecendo as proibições legais. A misericórdia que lhes era negada na “porta da misericórdia” (Betesda), a encontram em Jesus de Nazaré.

O debate gira em torno da questão da identidade de Jesus, e do “mandato” ou “procuração” para que possa fazer o que ele faz: curar doentes, perdoar pecados, transgredir as leis, ensinar novas interpretações da lei, etc. Na verdade, enquanto as autoridades religiosas estão interessadas apenas em defender a lei e assegurar o sistema que impõe fardos aos mais vulneráveis, Jesus está interessado em ajudá-los a viver plenamente, sem dominações ou restrições.

Hoje o debate é sobre o testemunho que dá credibilidade ao que Jesus está fazendo e à sua pretensão de ser o messias e o filho de Deus. Como prova da autenticidade divina daquilo que faz, Jesus cita João Batista, mas sublinha que ele prescinde dos testemunhos humanos. E enfatiza que são suas próprias relações ou obras de compaixão em favor dos pobres e vulneráveis que o acreditam como enviado de Deus.

Além disso, Jesus reivindica a seu favor o testemunho das escrituras como um todo. E o que elas testemunham com clareza é que Deus sempre ouve o clamor dos oprimidos e intervém para assegurar-lhes a dignidade, a liberdade e a vida. Essa é a vontade e a lei de Deus, e isso está acima de todos os costumes, interesses e sistemas, sejam eles religiosos, políticos ou econômicos.

De tabela, Jesus acusa as autoridades religiosas de analfabetismo bíblico e de busca doentia de aplausos. Eles não conhecem a fundo as leis que Deus nos deu através de Moisés, torcem as coisas para garantir seus interesses e amealhar apoios e aplausos dos seus comparsas. Eles não têm o amor de Deus neles mesmos e bajulam-se reciprocamente.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Pensamento da Fraternidade 2021

“A postura de Jesus nos mostra a possibilidade de novas formas de relações humanas e sociais. Tais relações não são de apego incondicional à Lei, mas de compromisso incondicional ao amor. A Lei, sempre que manipulada para a manutenção de um poder desigual, pode provocar sofrimento e morte. Já o amor nos convoca a assumirmos atitudes de compaixão, empatia e convivência”. (Texto-Base, § 11)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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