segunda-feira, 24 de junho de 2024

A adesão a Jesus Cristo e seu Evangelho implica numa vida alternativa

A adesão a Jesus Cristo e seu Evangelho implica numa vida alternativa | 391 | 25.06.24 | Mateus 7,6-14

Continuamos frequentando as lições de Jesus, Mestre da vida, para que possamos avançar, cada dia um pouco mais, na nossa formação como discípulos/as missionários. Para hoje, a Igreja nos propõe um versículo (v. 6) que parece mais ligado ao trecho que meditamos ontem (crítica e autocrítica), omite os versos que ressaltam a eficácia da oração (v. 7-11) e nos convida a meditar sobre a regra de ouro, que mede a avalia todas as nossas relações.

“Portanto, façam às pessoas o mesmo que vocês desejam que elas façam a vocês. Esta é, de fato, a lei e os profetas”. É isso que Jesus jamais anulou, e deseja destacar e concretizar com sua vida e seu ensinamento. Esta é a lei que permanece para sempre, o corolário das leis, a régua ou a balança que avalia a qualidade da vida dos discípulos do reino. Este imperativo dá primazia ao outro, sublinha o apreço e o respeito por ele, afasta e supera as relações de indiferença, raiva e violência.

Aqui Jesus alarga o horizonte das relações dos discípulos entre si e para fora da comunidade. O foco não é unicamente a comunidade interna (os irmãos e irmãs), mas as pessoas em geral. E não se trata de ser justo e bom com as pessoas esperando que elas nos retribuam na mesma moeda. Ao seguidor de Jesus basta ser lucidamente bom e em tudo amar e servir, e o retorno não entra no orçamento, nem na contabilidade. Essa é a novidade do Reino de Deus. Jesus é realista, e adverte que são poucas as pessoas que ousam este modo de viver e nele perseveram.

Por isso, Jesus recorre às imagens da porta e da estrada, que, no ambiente do império romano, eram meios de propaganda e espaços de controle militar, de exploração econômica (cobrança de impostos) e de dominação violenta sobre os cidadãos hebreus. Porta e estrada são também imagens que expressam direção ou opção escolhida, e entrada ou acolhida. Jesus torna mais precisa suas metáforas, e fala de porta estreita e de estrada estreita.

Falando do caminho estreito e da porta apertada do Reino, Jesus não se refere à carroçada de prescrições morais que padres e pastores costumamos impor ao povo, mas à necessidade de seguir seu estilo de vida, de ser uma comunidade alternativa, que antecipa o sonho do Reino de Deus. Não é verdade que essa é uma estrada estreita e supõe empenho? Para os cristãos, não há outro caminho que possa levar à vida, à felicidade. Não há como ser bom e justo sem isso.

 

Meditação:

·    Deixe ressoar em você cada palavra e cada frase dessa lição sobre a regra de ouro que deve inspirar nossas ações e relações

·    Detenha-se na imagem da estrada e da porta, e tente compreender seu sentido à luz do Evangelho vivido e anunciado por Jesus

·    Também você tende às vezes a fazer o bem focado prioritariamente na expectativa da retribuição, do aplauso e do reconhecimento?


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