A adesão a
Jesus Cristo e seu Evangelho implica numa vida alternativa | 391 | 25.06.24
| Mateus 7,6-14
Continuamos frequentando as lições de Jesus, Mestre
da vida, para que possamos avançar, cada dia um pouco mais, na nossa formação
como discípulos/as missionários. Para hoje, a Igreja nos propõe um versículo
(v. 6) que parece mais ligado ao trecho que meditamos ontem (crítica e
autocrítica), omite os versos que ressaltam a eficácia da oração (v. 7-11) e
nos convida a meditar sobre a regra de ouro, que mede a avalia todas as nossas
relações.
“Portanto, façam às pessoas o mesmo que vocês
desejam que elas façam a vocês. Esta é, de fato, a lei e os profetas”. É isso
que Jesus jamais anulou, e deseja destacar e concretizar com sua vida e seu
ensinamento. Esta é a lei que permanece para sempre, o corolário das leis, a
régua ou a balança que avalia a qualidade da vida dos discípulos do reino. Este
imperativo dá primazia ao outro, sublinha o apreço e o respeito por ele, afasta
e supera as relações de indiferença, raiva e violência.
Aqui Jesus alarga o horizonte das relações dos
discípulos entre si e para fora da comunidade. O foco não é unicamente a
comunidade interna (os irmãos e irmãs), mas as pessoas em geral. E não se trata
de ser justo e bom com as pessoas esperando que elas nos retribuam na mesma
moeda. Ao seguidor de Jesus basta ser lucidamente bom e em tudo amar e servir,
e o retorno não entra no orçamento, nem na contabilidade. Essa é a novidade do
Reino de Deus. Jesus é realista, e adverte que são poucas as pessoas que ousam
este modo de viver e nele perseveram.
Por isso, Jesus recorre às imagens da porta e da
estrada, que, no ambiente do império romano, eram meios de propaganda e espaços
de controle militar, de exploração econômica (cobrança de impostos) e de
dominação violenta sobre os cidadãos hebreus. Porta e estrada são também
imagens que expressam direção ou opção escolhida, e entrada ou acolhida. Jesus
torna mais precisa suas metáforas, e fala de porta estreita e de estrada
estreita.
Falando do caminho
estreito e da porta apertada do Reino, Jesus não se refere à carroçada de
prescrições morais que padres e pastores costumamos impor ao povo, mas à
necessidade de seguir seu estilo de vida, de ser uma comunidade alternativa,
que antecipa o sonho do Reino de Deus. Não é verdade que essa é uma estrada
estreita e supõe empenho? Para os cristãos, não há outro caminho que possa
levar à vida, à felicidade. Não há como ser bom e justo sem isso.
Meditação:
· Deixe ressoar em você cada palavra e cada frase
dessa lição sobre a regra de ouro que deve inspirar nossas ações e relações
· Detenha-se na imagem da estrada e da porta, e
tente compreender seu sentido à luz do Evangelho vivido e anunciado por Jesus
· Também você tende às vezes a fazer o bem focado prioritariamente
na expectativa da retribuição, do aplauso e do reconhecimento?
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