quarta-feira, 26 de junho de 2024

Seja a prática do Evangelho de Jesus nosso alicerce firme

Seja a prática do Evangelho de Jesus o alicerce firme que nos sustenta | 393 | 27.06.24 | Mateus 7,21-29

A espiritualidade da encarnação do Evangelho na vida cotidiana é a luz que ilumina com cores especiais os textos bíblicos deste tempo litúrgico. Ela ajusta nosso olhar para podermos reconhecer os sinais da permanência de Deus “no meio de nós” em trajes humanos de pobreza, de simplicidade, de proximidade e de coerência. E nos sensibiliza ao sonho, à esperança, à generosidade. O texto de hoje é a conclusão da “catequese da montanha”, o primeiro anúncio de Jesus às multidões e a primeira de uma série de lições aos discípulos missionários.

Hoje, Jesus nos adverte sobre uma forma deficiente e imatura de ouvir e acolher o Evangelho de Jesus: reduzi-lo a um motivo para exultação, suspiros e gemidos, cânticos e linguagens estranhas. Mais que isso, Jesus nos provoca e encoraja a levar o Evangelho para a vida, como dinamizador de ações, iniciativas, decisões e relações concretas, no âmbito familiar, eclesial, social e político.

Acolher Jesus e seguir seus passos e suas lições significa fazer-se seu discípulo, ser seu companheiro de caminhada, assumir seus sentimentos e pensamentos, participar da sua missão. A ação verdadeiramente evangélica do discípulo missionário nasce da escuta atenta da Palavra, que nos fala pela Bíblia e pela Vida. Ler, escutar ou meditar o Evangelho e não agir de acordo com ele equivale a desobedecer.

Infelizmente, tanto no tempo de Jesus como hoje, há quem queira ser cristão sem uma ação ou uma prática correspondente. Tem o nome de Jesus sempre nos lábios, mas usa-o para promoção pessoal ou das suas igrejas (ou negócios religiosos). E há instituições que embelezam seus espaços e ambientes com símbolos, afrescos e móveis caros, mas não querem saber do Evangelho. E infelizmente também não faltam cristãos que querem reduzir a fé a uma moral mesquinha.

A autenticidade do discípulo missionário se faz patente e evidente numa vida centrada em Jesus e no Reino de Deus. No discipulado cristão não há espaço para as fachadas, tão enfeitadas quanto falsas. Não é aceitável o uso do nome de Jesus como fórmula mágica e afirmação de poder. Isso seria insensatez ou falta de juízo, como diz Jesus: seria como tentar construir um edifício sobre terreno movediço.

 

Meditação:

·    O evangelho de hoje nos chama e orienta para uma atitude madura e adequada em todas as esferas da vida cotidiana

·    Será que alguns movimentos religiosos atualmente muito em moda não caíram na tentação de reduzir a vida cristã à invocação do nome de Jesus?

·    Perceba a advertência de Jesus às pessoas aparentemente piedosas (profetizam pregam, participam da Eucaristia), mas más em suas relações?

·    Será que, diante das exigências do Evangelho, alguns setores cristãos estão buscando ensinamentos em outros “mestres”, menos radicais?

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