segunda-feira, 10 de junho de 2024

A missão é anunciar o Reino de Deus, consolando, confortando

A missão é anunciar o Reino de Deus, consolando, confortando e curando | 377 | 11.06.24 | Mateus 10,7-13

Na primeira parte da formação missionária que oferece aos seus discípulos missionários, depois de escolhê-los entre um grupo maior, Jesus delimitava o campo prioritário no qual deveriam agir: o povo cansado e abatido, ou as ovelhas perdidas da casa de Israel. Os samaritanos e pagãos ficariam para o segundo momento. No texto de hoje, escalado para iluminar a festa do apóstolo São Barnabé, Jesus fala das tarefas (v. 7-8) e do suporte (v. 8-10) dessa missão (v. 11-15).

Em relação ao que seus enviados devem fazer, Jesus ensina que se trata de anunciar alegremente que o Reino de Deus chegou, e de demonstrar isso com sinais concretos: cuidar dos doentes, purificar os leprosos, ressuscitar os mortos, enfim: assumir e prolongar a própria missão de Jesus, que consiste e devolver plena vida e cidadania aos excluídos e sofredores. É isso que significa continuar a missão de Jesus, estendendo-a no tempo e no espaço.

Em relação ao estilo de vida ou ao suporte material da missão, aqueles que Jesus envia são encarregados de dar testemunho de despojamento de todo aparato e chamados a não serem pesados para o povo, a não buscar vantagens, a deslocar-se discretamente pelas estradas, a abraçar os meios menos potentes, a confiar na hospitalidade do povo e na providência de Deus, a fazer das casas o foco irradiador da novidade do Reino de Deus, a não forçar ninguém nem impor nada.

Naquilo que se refere ao impacto da missão realizada, o discípulo missionário deve contar com a acolhida benevolente dos interlocutores, mas também com a resistência e a recusa de outros. Diante da recusa, não há lugar para a lamentação nem para a ameaça: os discípulos e apóstolos devem continuar a missão noutro lugar e dirigir-se a outras pessoas. Sacudir a poeira dos pés significa dizer que a oportunidade foi concedida, e foi maior que aquela oferecida Sodoma e Gomorra, e que a responsabilidade pelas consequências não recai sobre o missionário.

Focado no anúncio do Reino de Deus e tendo Jesus como modelo, para não afastar e criar dependência, o discípulo missionário não cria falsas expectativas nem exibe poder. Como o Apóstolo Barnabé, ele vive em si mesmo a novidade do Reino de Deus como capacidade de confortar e consolar, e isso basta.

 

Meditação:

·    Deixe que ressoe em você e rumine por um instante cada uma das recomendações de Jesus aos discípulos que ele envia

·    Qual dessas recomendações lhe parece mais relevante para as comunidades e seus missionários hoje?

·    Quais seriam as atitudes e ações prioritárias que poderiam assegurar a credibilidade da evangelização hoje?

·    Que atitudes costumamos tomar diante das pessoas e grupos que se fecham ao Evangelho?

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