A missão é anunciar o Reino de Deus,
consolando, confortando e curando | 377 | 11.06.24
| Mateus 10,7-13
Na primeira parte da formação missionária que
oferece aos seus discípulos missionários, depois de escolhê-los entre um grupo
maior, Jesus delimitava o campo prioritário no qual deveriam agir: o povo
cansado e abatido, ou as ovelhas perdidas da casa de Israel. Os samaritanos e
pagãos ficariam para o segundo momento. No texto de hoje, escalado para
iluminar a festa do apóstolo São Barnabé, Jesus fala das tarefas (v. 7-8) e do
suporte (v. 8-10) dessa missão (v. 11-15).
Em relação ao que seus enviados devem fazer, Jesus
ensina que se trata de anunciar alegremente que o Reino de Deus chegou, e de
demonstrar isso com sinais concretos: cuidar dos doentes, purificar os leprosos,
ressuscitar os mortos, enfim: assumir e prolongar a própria missão de Jesus, que
consiste e devolver plena vida e cidadania aos excluídos e sofredores. É isso
que significa continuar a missão de Jesus, estendendo-a no tempo e no espaço.
Em relação ao estilo de vida ou ao suporte material
da missão, aqueles que Jesus envia são encarregados de dar testemunho de
despojamento de todo aparato e chamados a não serem pesados para o povo, a não
buscar vantagens, a deslocar-se discretamente pelas estradas, a abraçar os
meios menos potentes, a confiar na hospitalidade do povo e na providência de
Deus, a fazer das casas o foco irradiador da novidade do Reino de Deus, a não
forçar ninguém nem impor nada.
Naquilo que se refere ao impacto da missão
realizada, o discípulo missionário deve contar com a acolhida benevolente dos
interlocutores, mas também com a resistência e a recusa de outros. Diante da
recusa, não há lugar para a lamentação nem para a ameaça: os discípulos e
apóstolos devem continuar a missão noutro lugar e dirigir-se a outras pessoas.
Sacudir a poeira dos pés significa dizer que a oportunidade foi concedida, e
foi maior que aquela oferecida Sodoma e Gomorra, e que a responsabilidade pelas
consequências não recai sobre o missionário.
Focado no anúncio do Reino de Deus e tendo Jesus
como modelo, para não afastar e criar dependência, o discípulo missionário não
cria falsas expectativas nem exibe poder. Como o Apóstolo Barnabé, ele vive em
si mesmo a novidade do Reino de Deus como capacidade de confortar e consolar, e
isso basta.
Meditação:
· Deixe que ressoe em você e rumine por um instante
cada uma das recomendações de Jesus aos discípulos que ele envia
· Qual dessas recomendações lhe parece mais
relevante para as comunidades e seus missionários hoje?
· Quais seriam as atitudes e ações prioritárias que
poderiam assegurar a credibilidade da evangelização hoje?
· Que atitudes costumamos tomar diante das pessoas e
grupos que se fecham ao Evangelho?
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