sábado, 29 de junho de 2024

Como Pedro e Paulo, travemos o bom combate

Como Pedro e Paulo, travemos o bom combate e guardemos a fé | 396 | 30.06.24 | Mateus 16,13-19

O livro dos Atos dos Apóstolos nos lembra que Pedro, nosso ‘primeiro Papa’, foi presidiário! As chaves prometidas por Jesus Cristo não serviram para abrir as algemas e a porta que prenderam Pedro! E Paulo, depois de ter sido um fariseu zeloso e violento, e acumulado muitos méritos e honras por causa disso, foi conquistado por Jesus Cristo e, como muitos outros da sua geração, foi denunciado, perseguido, encarcerado e finalmente executado. Ele assimilou o que Jesus dissera ao enviar os Doze: “Não tenham medo de nada!”

Pedro e Paulo eram membros de comunidades cristãs, e o vínculo entre a comunidade e seus líderes presos se mostra de um modo comovente no relato dos Atos dos Apóstolos. “Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente por ele”. Um pouco antes, quando Pedro e João haviam sido liberados da prisão, a comunidade pedia em oração: “Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem, e concede que teus servos anunciem corajosamente a tua Palavra” (At 4,29). Diante da perseguição, as comunidades pedem coragem, e não tranquilidade. O que as sustenta é o encontro com Deus em Jesus Cristo.

Jesus faz uma pergunta decisiva aos discípulos: “Quem sou eu para vocês?” Pedro o reconhece e proclama Messias, e é o primeiro discípulo a fazê-lo. Porém, mesmo sem rejeitar a confissão de Pedro e dos demais discípulos, Jesus chama a si mesmo ‘Filho do Homem’, e não Filho de Deus (cf. Mt 11,19; 12,8; 12,32), acentuando assim seus vínculos com a humanidade. Isso significa que somente quem está aberto e sintonizado com a lógica e a vontade de Deus pode reconhecer a presença de Deus nas ações e palavras deste filho da humanidade e irmão de todos os seres humanos. Esta é a base sólida sobre a qual Jesus Cristo constrói a comunidade cristã, literalmente, a assembleia dos chamados, e contra a qual nada prevalece.  

Crer, confiar, partilhar e anunciar: estes são os verbos essenciais da gramática vital dos cristãos. Só chega à meta da caminhada de discípulo/a missionário/a quem conjuga estes verbos em todos os tempos, modos e pessoas. É nesta perspectiva que, escrevendo a Timóteo na cela da prisão, Paulo faz um balanço de sua vida e suas palavras são eloquentes e comoventes: “Chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”

 

Meditação:

·    Procure afastar-se das respostas e doutrinas aprendidas, e responda à pergunta de Jesus, descrevendo o lugar que ele ocupa na sua vida, e como ele influi nas suas relações, ações e opções, grandes ou pequenas

·    Recorde as consequências que esta resposta de Pedro tem na vida dele, de Paulo e dos/as discípulos/as que vieram depois deles

·    Deixe ressoar em você a palavra de Jesus: “Feliz és tu, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai!”

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