X Semana do Tempo Comum | Segunda-Feira | Mateus
5,1-12
(12/06/2023)
A partir de hoje, acompanharemos a missão, o
anúncio e o ensino de Jesus no evangelho segundo Mateus. Depois da experiência
forte feita por ocasião do batismo e do deserto, Jesus inicia sua pregação na
Galileia, e desperta os primeiros discípulos e discípulas. Ele percorre a
região “pregando o Evangelho do Reino e curando toda doença e enfermidade do
povo” (Mt 4,23). E isso mexe com as esperanças mais profundas daquele povo.
Na cena de hoje, Jesus vê diante de si as multidões
que vêm das aldeias de toda a região e assume sua missão de mestre e formador
de discípulos/as. Tendo os/as discípulos/as e o povo cansado e abatido diante
dos olhos, Jesus fala da novidade jubilosa do Reino de Deus, o dinamismo
misterioso que reverte a situação de sofrimento do povo, e, ao mesmo tempo,
pede o engajamento daqueles/as que se fazem seus/suas discípulos/as. E não se
trata de cumprir leis minuciosas, mas de assumir um novo estilo de vida!
Por isso, Jesus não apresenta àqueles que o
procuram atraídos por ele um manual de procedimentos, mas indica uma direção,
esboça um mundo bom e alternativo, uma comunidade-semente e um caminho de
felicidade a ser compartilhado. Ele oferece várias ilustrações de como se pode
acolher a vontade de Deus, o Reino de Deus. Não é uma descrição de diferentes
virtudes a serem exercitadas, mas alguns exemplos das prioridades do Reino de
Deus.
Estas ilustrações podem ser divididas em dois
grupos de quatro: as primeiras quatro (v. 3-6) abordam de situações de opressão
(pobreza, aflição, impotência e ausência de justiça), que são simplesmente
revogadas com a chegada do reino de Deus; o segundo grupo (v. 7-12) apresenta
ações humanas que brotam da acolhida da novidade de Jesus (misericórdia,
integridade, promoção da paz e luta firme pela justiça). Estas é a razão e o
caminho da felicidade.
Para Jesus, pobreza, opressão, injustiça e
humilhação não são situações que devemos simplesmente aceitar, mas algo que
devemos deplorar, denunciar e superar com tenacidade, valentia e perseverança.
O Reino de Deus, que ele anuncia e inicia, provoca essa mudança, e não há
caminho de felicidade fora do engajamento nesse profundo e radical processo de
mudança.
Meditação:
·
Situe-se
dentro da cena, com Jesus e seus discípulos reunidos naquela montanha, tendo
diante dos olhos o povo cansado, abatido e sedento
·
Acolha,
como horizonte e não como manual, as diversas ilustrações de como podemos
acolher e realizar a vontade de Deus e, assim, alcançar a felicidade
·
Procure
perceber claramente qual é a condição real das pessoas e grupos a quem Jesus
assegura a felicidade que o Pai deseja para todos/as
·
Será
que não temos compreendido e apresentado a proposta de Jesus mais como um fardo
de ordens e proibições que como um caminho de felicidade?
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