sexta-feira, 23 de junho de 2023

O Evangelho de cada dia (27)

XI Semana do Tempo Comum | São João Batista | Lucas 1,57-66.80

(24/06/2023)

Este belo texto do Evangelho nos convida a valorizar os pequenos fatos da vida, como o nascimento de uma criança, os encontros de amigos/as, a superação de uma enfermidade, pois é o relato do nascimento de João Batista. É Deus presente no meio de nós, Deus que continua cumprindo suas promessas. Diante do nascimento do filho esperado, Zacarias abriu a boca, soltou a língua e começou a bendizer a Deus, e é isso que precisamos fazer.

As promessas começam a se cumprir. O filho que foi prometido a Zacarias nasceu e trouxe alegria, não apenas a ele, mas a todo o povo. Chegou o tempo estabelecido, que é também o tempo da graça. O anjo já havia anunciado que muita gente se alegraria com este nascimento. A vinda do pequeno João à luz é um sinal de esperança para todo o povo do qual fará parte.

Os vizinhos queriam dar ao bebê o nome do pai, inserindo-o na lógica e na tradição da família e no clã. Mas o nome será aquele sugerido a Zacarias pelo anjo: João, que significa “o Senhor é gracioso” ou favorável. Este nome amplia o desejo da vizinhança, e diz que João é uma graça de Deus para todos. A este nome a tradição acrescenta ‘Batista’, como referência à sua prática profética. Que nenhuma tradição festiva ou redução intimista apague sua profecia!

Zacarias havia ficado mudo (e surdo), e, com o nascimento do filho, volta a falar. Como um homem justo, começa a bendizer a Deus. A liturgia que ele dirigia no templo no dia do anúncio e fora interrompida é agora retomada, em clima de louvor e festa. A notícia se espalha e todo o povo fica sabendo o que Deus está fazendo pelo povo, e todos/as se enchem de admiração e respeito pelo que estava acontecendo. O medo faz calar, a admiração faz proclamar.

A vizinhança se pergunta o que vai ser daquele menino. E o Evangelho diz que João é o escolhido por Deus para uma missão importante. Ele falará e agirá em nome de Deus, chamando à conversão, endireitando caminhos, propondo a reconciliação e a justiça. A terá a grata satisfação de mostrar o Messias presente no mundo, Jesus de Nazaré. Que jamais nos cansemos de celebrar os sinais da grandeza do amor misericordioso de Deus na pequenez e na fragilidade de pessoas e acontecimentos.

 

Meditação:

·    Participe desta cena e interaja com Isabel, Zacarias, a vizinhança e os parentes, que se reúnem para participar da alegria de Isabel

·    O que aconteceu com as nossas liturgias, que expulsaram a alegria para hospedar a seriedade, o comedimento, a doutrina e a moral?

·    O que a alegria e a simplicidade que marcam as festas juninas podem nos ensinar sobre a vivência cotidiana da fé cristã?

·    Como poderíamos resgatar a missão profética de João Batista e trazê-la para dentro das festas populares que o celebram?

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