XII Semana do
Tempo Comum | Terça-feira | Mateus 7,6.12-14
(27/06/2023)
Continuamos frequentando as lições de Jesus, Mestre
da vida, para que possamos avançar, cada dia um pouco mais, na nossa formação
como discípulos/as missionários/as. Para hoje, a Igreja nos propõe um versículo
(v. 6) que parece mais ligado ao trecho que meditamos ontem (crítica e
autocrítica), omite os versos que ressaltam a eficácia da oração (v. 7-11) e
nos convida a meditar sobre a regra de ouro, que mede a avalia todas as nossas
relações.
“Portanto, façam às pessoas o mesmo que vocês
desejam que elas façam a vocês. Esta é, de fato, a lei e os profetas”. É isso
que Jesus jamais anulou, e deseja destacar e concretizar com sua vida e seu
ensinamento. Esta é a lei que permanece para sempre, o corolário das leis, a
régua ou a balança que avalia a qualidade da vida dos/as discípulos/as do
reino. Este imperativo ético e espiritual, dá primazia ao outro, sublinha o
apreço e o respeito por ele, afasta e supera as relações de indiferença, raiva
e violência.
Aqui Jesus alarga o horizonte das relações dos/as
discípulos/as entre si e para fora da comunidade. O foco não é unicamente a
comunidade interna (os irmãos e irmãs), mas as pessoas em geral. E não se trata
de ser justo/a e bom/boa com as pessoas esperando que elas nos retribuam na
mesma moeda. Ao seguidor/a de Jesus basta ser bom/boa, e o retorno não entra no
orçamento, nem na contabilidade. Essa é a novidade do Reino de Deus. Jesus é
realista, e adverte que são poucas as pessoas que ousam este modo de viver e
nele perseveram.
Por isso, Jesus recorre às imagens da porta e da
estrada, que, no ambiente do império romano, eram meios de propaganda e espaços
de controle militar, de exploração econômica (cobrança de impostos) e de
dominação violenta sobre os cidadãos hebreus. Porta e estrada são também
imagens que expressam direção ou opção escolhida, e entrada ou acolhida. Jesus
torna mais precisa suas metáforas, e fala de porta estreita e de estrada
estreita.
Falando
do caminho estreito e da porta apertada do Reino, Jesus não se refere à
carroçada de prescrições morais que padres e pastores costumamos impor ao povo,
mas à necessidade de seguir seu estilo de vida, de ser uma comunidade
alternativa, que antecipa o sonho do Reino de Deus. Não é verdade que essa é
uma estrada estreita e supõe empenho? Para os cristãos, não há outro caminho
que possa levar à vida, à felicidade. Não há como ser bom e justo sem isso.
Meditação:
· Deixe ressoar em você
cada palavra e cada frase dessa lição sobre a regra de ouro que deve inspirar
nossas ações e relações
· Detenha-se na imagem da
estrada e da porta, e tente compreender seu sentido à luz do Evangelho vivido e
anunciado por Jesus
· Também você tende às
vezes a fazer o bem focado prioritariamente na expectativa da retribuição, do
aplauso e do reconhecimento?
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