(Mt 18,12-14) Cristianismo ano zero: com este espírito desejamos
voltar às origens e levar a sério o convite à conversão que a Igreja está
vivendo. Em um mar que se mostra em plena tempestade o Senhor nos pede para
vivermos com seriedade o Evangelho, e o tempo de Advento nos permite voltar ao
essencial, ao rosto de Deus que nos é revelado e que nos cabe anunciar, à
purificação da fé. E esta purificação passa também pela transformação da
horrível imagem de Deus que construímos e frequentemente pregamos. Mais uma vez
Jesus nos recorda qual é o Deus que estamos para acolher, que desejamos fazer
nascer em nossos corações: ele é como um pastor que sai à procura da ovelha
perdida, como um pastor que faz de tudo para que ninguém se perca. Um Deus
pleno de ternura e verdade, e não um Deus tipo “papai noel”, gorducho e
bonachão. Um Deus adulto, que sempre nos trata como pessoas adultas, livres e
responsáveis. Se, no passado, frequentemente encobrimos o verdadeiro rosto de
Deus com a máscara do juiz inflexível, hoje corremos o risco de maquiá-lo com
uma visão falsamente bonachona. Deus é bom, é verdade, mas pagou um alto preço
pela nossa liberdade. Redescubramos, pois, o rosto do pastor que sabe para onde
deve nos conduzir. (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 68)
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