(Mt 2,13-18) Herodes não admite
concorrentes, tem medo de Deus, pensa que Deus veio roubar seu trono. E então
solta os frios da sua fúria assassina, decreta um infanticídio para eliminar o
Messias. A história se repete: são milhões as crianças violentadas, feridas ou
mortas por fome ou por interesses escusos. O ser humano ainda não aprendeu que é
somente salvando as crianças que poderemos salvar o mundo. Hoje estamos diante
do terceiro e último passo da concretização e radicalização do Natal. Com
Estêvão e João aprendemos a ver o aspecto teológico e obscuro do Natal. Hoje,
abandonamos as emoções natalinas para fixar o olhar sobre a tragédia dos muitos
meninos Jesus que morrem ao nosso lado. E para aprender deles... Como escreve
explendidamente o pedagogo polonês Janusz Korczak: “Digam sinceramente, é
cansativo frequentar as crianças. Vocês têm razão! Mas acrescentem: é cansativo
porque é preciso colocar-se no nível deles, abaixar-se, inclinar-se, curvar-se,
fazer-se pequeno. Mas vocês estão enganados! Não é isso que cansa! O que cansa
é antes o fato de ser obrigado a elevar-se à altura dos sentimentos deles.
Alongar-se, elevar-se, viver na ponta dos pés para não feri-los...”
Emepenhemo-nos pois na defesa da beleza e da integridade da infância... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 188)
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