(Mt 1,26-38) Maria, a bela, vive em nazaré, uma pequena vila na
periferia do mundo, pouco mais de duzentos habitantes, fora das rotas
comerciais e dos grandes ineteresses. De Nazaré o Antigo Testamento não nos dá
uma única notícia, e este é um privilégio nada invejável. Mas, segundo alguns
estudiosos, em Nazaré vivem os nazireus, um ramo dos descendentes de Davi,
orgulhosos de sua pertença à casta daquele que, segundo as Escrituras, deveria
nascer o Messias. A narração da encarnação de Deus ainda hoje nos enche de
surpresa e de poesia: Deus entra na vida quotidiana de uma adolescente e lhe
pede emprestado o corpo para fazê-lo porta do céu, para assumir a carne humana.
Isso Deus não pede a uma deusa, nem a uma poderosa e nobre senhora, mas à menor
das moças da vila... Esta é a lógica de Deus: ele eleva aos tronos os humildes e
abate o orgulho dos poderosos. Maria fala de igual para igual com o príncipe
dos anjos, não tem medo, pede informações, não vive sobre as nuvens, sabe muito
bem o que significa aceitar sua proposta e enfrentar o futuro. É esta
concretude que também nós, discípulos/as de Jesus, somos chamados/as a viver
para tornar visível a presença de Deus na vida quotidiana. Que o Senhor nos
ajude nesse percurso... Te pedimos, Senhor, por
todos os amigos/as e pessoas queridas: que possamos e saibamos partilhar com
elas a maravilhosa aventura da vida, a alegria de crer e saber-se cheios/as de
graça, a força de superar os problemas e a capacidade de viver com serenidade,
generosidade e paz! (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 134; 130)
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