(Mt 2,13-15.19-23) O Natal nos orbiga a
perguntarmo-nos se desejamos deveras um Deus tão frágil e inerme. A mediação
desta família e dos trinta anos vividos em Nazaré nos oferecem elementos ainda
mais incisivos e intrigantes. Deus vai crescendo na cotidianidade de uma
família de gente pobre, plena de fé e atraída pelo mistério. Somos acostumados
a dividir o tempo entre tempo de trabalho e tempo de festa: uma coisa é o tempo
repetitivo e cansativo dos dias e outra o tempo no qual preparamos com alegria
intensa um acontecimento significativo; um é o tempo de trabalho, outro é o
tempo inebriante dos dias festivos... Assim acontece com nossa fé: nos domingos
separamos, e nem sempre, cinquenta minutos de missa e descansamos, e depois,
nos dias da semana, mergulhamos no trabalho. Nazaré nos ensina que Deus vem
morar conosco, veio habitar em nossa casa; que na cotidianidade e na repetição
dos gestos aparentemente insignificantes podemos realizar o Reino de Deus,
fazer uma experiência mística, crescer no conhecimento de Deus. Podemos – é sério!
– elaborar uma teologia das fraldas, um tratado místico das tarefas dos
filhos/as, uma espiritualidade do empréstimo a ser pago... A extraordinária
novidade do cristianismo é exatamente o seu caráter absolutamente ordinário.
Deus decidiu habitar e assumir a banalidade, dar sentido ao inexorável e
aparentemente vazio passar dos dias... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 196)
Um comentário:
OI ITACIR,
QUE O ANO NOVO SEJA MARAVILHOSO PARA TI É O QUE DESEJAMOS.
GELMAR E ELODI CAVAGNOLI
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