domingo, 29 de dezembro de 2013

A Palavra na vida

(Mt 2,13-15.19-23) O Natal nos orbiga a perguntarmo-nos se desejamos deveras um Deus tão frágil e inerme. A mediação desta família e dos trinta anos vividos em Nazaré nos oferecem elementos ainda mais incisivos e intrigantes. Deus vai crescendo na cotidianidade de uma família de gente pobre, plena de fé e atraída pelo mistério. Somos acostumados a dividir o tempo entre tempo de trabalho e tempo de festa: uma coisa é o tempo repetitivo e cansativo dos dias e outra o tempo no qual preparamos com alegria intensa um acontecimento significativo; um é o tempo de trabalho, outro é o tempo inebriante dos dias festivos... Assim acontece com nossa fé: nos domingos separamos, e nem sempre, cinquenta minutos de missa e descansamos, e depois, nos dias da semana, mergulhamos no trabalho. Nazaré nos ensina que Deus vem morar conosco, veio habitar em nossa casa; que na cotidianidade e na repetição dos gestos aparentemente insignificantes podemos realizar o Reino de Deus, fazer uma experiência mística, crescer no conhecimento de Deus. Podemos – é sério! – elaborar uma teologia das fraldas, um tratado místico das tarefas dos filhos/as, uma espiritualidade do empréstimo a ser pago... A extraordinária novidade do cristianismo é exatamente o seu caráter absolutamente ordinário. Deus decidiu habitar e assumir a banalidade, dar sentido ao inexorável e aparentemente vazio passar dos dias...  (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013, p. 196)

Um comentário:

Elodi Freitag Cavagnoli disse...

OI ITACIR,
QUE O ANO NOVO SEJA MARAVILHOSO PARA TI É O QUE DESEJAMOS.
GELMAR E ELODI CAVAGNOLI