(Mt 1,18-24) Somente Mateus e Lucas falam do nascimento de Jesus.
Provavelmente, os detalhes da infância de Jesus não interessava às comunidades
primitivas. Mas, para as comunidades da segunda geração, isso passou a ser um
tema interessante. Assim, temos os dois relatos que, de algum modo, se
completam: aquele de Mateus, que, como bom hebreu, conta as coisas do ponto de
vista de José; e aquele de Lucas, mais atento ò história de Maria. A pequena
narração de Mateus que meditamos hoje nos apresenta José como um homem grande e
generoso, que se debate com uma situação espinhosa: sua noiva espera um filho
que não é seu. A noite do pobre José é povoada de inquietação e dominada pela
insônia: ele se sente um noivo traído, mas mesmo assim quer salvar a pequena e amada
Maria, rompendo com o compromisso de noivado sem expô-la à desonra e à morte.
Este gesto de justiça, que é uma franca e gritante desobediência à lei (que
mandava que tais mulheres fossem publicamente acusadas e apedrejadas) o
tranquiliza e abre seu coração para que compreenda o que de fato está
acontecendo. O sonh e as palavras do anjo lhe oferecem uma chave de
interpretação que provoca uma reviravolta naquela trágica situação. Grande
José, que depois de acordar, acolhe Maria e a leva para sua casa! Que ele nos
ajude a acreditar no Deus dos impossíveis. Senhor
Jesus, hoje te pedimos em favor de todos os pais, para que, sob o exemplo de
São José, homem trabalhador e justo, sejam compreensivos e acolhedores, capazes
de animar e coordenar a família com seriedade, ternura e amor, e tenham a
coragem de olhar o futuro com confiança na Providência de Deus. (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 116; 120)
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