(Mt 11,16-19) Também diante de profetas como João Batista, que até
podem fascinar, o mundo e nós mesmos às vezes nos comportamos como as crianças
manhosas que Jesus observa na praça: nunca estão de acordo com a brincadeira que
lhes é proposta. Assim se comportam os contemporâneos de Jesus diante de João
Batista: depois de um primeiro momento de euforia, acabaram redimensionando a
força da sua pregação e acusando-o de ser um desequilibrado dado a excessos
inaceitáveis. Depois se voltam contra Jesus com a mesma perfídia, acusando-o de
ser um boa vida... Quem está mais certo e merece crédito: um profeta que jejua
ou um que gosta da mesa? Nós também corremos o risco de jamais estarmos
satisfeitos (conosco mesmos, com a vida, com Deus...), acusando todos e
lamentando-nos de tudo, sem saber ao menos o que realmente queremos. Exatamente
como as crianças manhosas, que jamais estão satisfeitas com nada. Neste tempo
do Advento, levemos a sério a proposta do Senhor, saibamos curtir aquilo que é
sadio, e, sobretudo, com alegrarmo-nos com a preciosa graça de poder escutar e
acolher a Palavra que o Senhor nos dirige. Somente um coração que ainda sabe se
surpreender pode acolher a inaudita notícia de um Deus que se faz gente. (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 86)
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