quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Palavra na vida

(Mt 10,21-24) O Deus que nasceu, o Deus que ainda deve nascer e renascer na nossa vida é o Deus que se compadece diante da dor e da doença. Não é o Deus ascético e indiferente que, do alto da sua perfeição, contempla chateado o destino dos homens e os julga com severidade. O Deus de Jesus age e cura, restitui saúde e dignidade, alarga os horizontes, cria novos dinamismos entre as pessoas. É ele que intervém, é ele que muda, é ele que transforma. E que pede também a nós uma mudança, uma conversão. Por exemplo, mudar nossa idéia de Deus. De um Deus que resolve sozinho os problemas matando a fome da multidão a um Deus que pede a cada um/a de nós, a todos/as, colocar em jogo aquilo que somos e temos para matar a fome do povo. Como é difícil acreditar num Deus que que nos pede uma mão!... Agrada-nos mais um Deus que intervém sozinho para resolver os problemas que o nosso próprio egoísmo provoca... Acolhamos o Deus de Jesus com seriedade. Deixemos de invocá-lo como alguém que resolve os problemas em nosso lugar ao invés de nos ajudar a encará-los responsavelmente. E lancemos no prato comum aquele pouco que somos, para que a nossa generosidade sacie tantos corações famintos... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013, p. 28)

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