(Mt 10,21-24) O Deus que nasceu, o Deus que ainda
deve nascer e renascer na nossa vida é o Deus que se compadece diante da dor e
da doença. Não é o Deus ascético e indiferente que, do alto da sua perfeição,
contempla chateado o destino dos homens e os julga com severidade. O Deus de
Jesus age e cura, restitui saúde e dignidade, alarga os horizontes, cria novos
dinamismos entre as pessoas. É ele que intervém, é ele que muda, é ele que
transforma. E que pede também a nós uma mudança, uma conversão. Por exemplo,
mudar nossa idéia de Deus. De um Deus que resolve sozinho os problemas matando
a fome da multidão a um Deus que pede a cada um/a de nós, a todos/as, colocar
em jogo aquilo que somos e temos para matar a fome do povo. Como é difícil
acreditar num Deus que que nos pede uma mão!... Agrada-nos mais um Deus que
intervém sozinho para resolver os problemas que o nosso próprio egoísmo
provoca... Acolhamos o Deus de Jesus com seriedade. Deixemos de invocá-lo como
alguém que resolve os problemas em nosso lugar ao invés de nos ajudar a
encará-los responsavelmente. E lancemos no prato comum aquele pouco que somos,
para que a nossa generosidade sacie tantos corações famintos... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 28)
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